De Stanislav Mishin, do blog Mat Rodina
(Мать Родина, que significa "Pátria Mãe" em russo)
Republicado no Pravda.ru
Tradução do inglês por David B. Carvalho
Como sabem meus leitores, sou um fã de economia e de história, assim como de política, uma combinação que forma alguns ciclos muito interessantes de se estudar, discutir e argumentar. Nenhum é tão interessante quanto a morte de grandes nações, porque aí há sempre a autodestruição que vem antes das desintegrações e invasões finais. É como dizem: Roma não caiu para os bárbaros; tudo o que estes fizeram foi chutar os portões apodrecidos.
Pode-se dizer seguramente que a última vez que uma grande nação se destruiu através de sua própria húbris e estultice econômica foi a jovem União Soviética (apesar de que, no fim, a União Soviética tardia ainda morria pela mão econômica). Agora temos a oportunidade de ver os americanos fazerem a mesma coisa a si próprios. O mais incrível, é claro, é estarem simplemente repetindo os erros fracassados do passado. Esperaria-se que seus companheiros de viagem em suicídio, os ingleses, teriam se manifestado a esta altura, mas, infelizmente para os ingleses, seu sistema educacional é uma piada ainda maior que o dos americanos.
Enquanto recuperam um pouco o fôlego de tanto ruminar a infindável propaganda da recuperação, não importando que todo índice real aponte para a morte e destruição, os marxistas americanos notaram que os franceses e alemães saíram da recessão, e que a Rússia e Itália também estão se saindo bem. É claro que estes fatos foram embalados em seu mantra estupefaciente nonstop de "recuperação" e zumbificação-esperança-mudança. O que é ignorado, é claro, é que nós e as outras três grandes nações todos cortamos nossos impostos, cortamos nossos gastos, facilitamos a vida dos pequenos negócios... em outras palavras, o oposto exato da anglosfera.
O que nos leva aos "Créditos de Carbono" (Cap & Trade). Nunca na história da humanidade plano mais idiota foi sugerido e vendido com maiores mentiras. Energia é o diferencial para toda e qualquer economia, seja energia braçal, animal, lenha, carvão ou nuclear. De que outra forma alimenta-se a indústria que melhora a vida humana (a não ser, é claro, que esteja fazendo as bombas que acabam com esta vida humana, mas este é um tópico diferente)? Nunca na história, com a exceção da isolação auto-imposta dos japoneses no século XVII, um governo ativamente barrou seu povo da atividade econômica e da indústria.
Nem os sovietes jamais criaram tamanha idiotice. A grande fome do final dos anos 20 foi causada pelo oposto, uma vez que os sovietes coletivizaram as fazendas para forçar o êxodo dos camponeses para as novas e grandes indústrias. É claro que isto teve resultados desastrosos. De modo que se deve perguntar: os poderes em Washington e Londres são degenerados ou satanicamente malignos? Onde está a oposição? Onde estão os republicanos na América e os tories na Inglaterra?
A verdade infeliz aqui é: os republicanos e tories são os mencheviques para os bolcheviques democratas e trabalhistas. Em outras palavras, são os companheiros de viagem ligeiramente menos radicais que são burros demais para perceber que, uma vez que sua utilidade acabe, irão para os mesmos campos de concentração aos quais ajudarão a mandar a verdadeira oposição. Está para nascer ralé mais merecedora. É claro que metade dos idiotas úteis nos agrupamentos bolcheviques irão para estes mesmos campos.
Uma idiotice explícita dos Créditos de Carbono na América serão os aproximadamente 19 centavos adicionais por litro de gasolina, que é um aumento assaz grande na carga tributária, ainda que indiretamente. É claro que isto irá não apenas ferir no bolso os vassalos trabalhadores americanos nos postos, mas também feri-los-á em tudo que comprarem e fizerem, uma vez que a América quase não tem ferrovia real para, mesmo parcialmente, deslocar o custo de transporte de mercadorias.
Mas como isto irá progredir? Muito simples, e a cadeia de eventos já foi executada com bastante frequência.
Primeiro, os vassalos começarão a berrar contra o preço do combustível e contra o preço de todas as mercadorias. O governo, sempre prestimoso para não se responsabilizar, irá apontar o dedo para as refinarias e companhias de petróleo por exploração do povo. Ele fará exigências para que cortem preços, o que obviamente significa trabalhar no prejuízo. Quando as usinas começarem a fechar ou se mudar para o exterior, serão chamadas de criminosas e sabotadoras. Suas instalações serão nacionalizadas para que o governo possa mostrar como é que se faz as coisas direito. Racionamentos se seguirão, assim como julgamentos espetaculares, e isto enquanto o Dólar aguentar e as nações estrangeiras ainda quiserem vender petróleo e gasolina por algo que não seja ouro, prata ou outros recursos mais sólidos.
Quando a comida aumentar de preço, e certamente irá, uma vez que o díesel que o fazendeiro usa aumentará, assim como seus fertilizantes, o governo berrará que os fazendeiros estão fazendo cartel, e, portanto, solapando a ação dos iluminados. Haverá confiscos de todos os cultos alimentícios, enquanto os fazendeiros terão cotas de produção para cumprir ou ter suas terras novamente nacionalizadas. Não acredita em mim? Olhe para as pessoas administrando vossos governos e pergunte-se: eles preferem tomar a terra de alguém ou admitir que pisaram na bola e atrapalharam tudo? Após certo ponto, apenas as fazendas corporativizadas restarão ─ comida pelo oligarca ─ assim como as fazendas-fábrica. Haverá sobra de dissidentes para lavrá-las.
Isto irá, é claro, espalhar-se de ramo para ramo e, dentro de um prazo relativamente curto, vocês irão viver o novo sonho fracionário, que é uma fração do que vocês têm agora. Mas, pelo lado bom, finalmente seus filhos, trabalhando para parcerias governo/oligarca, poderão competir adequadamente com os chineses para alimentar as demandas da Europa e América Latina. Mas isto irá levar pelo menos uma ou duas gerações, não sem antes uma ou duas Revoluções Culturais junto.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A Auto-imolação Americana, Verdadeiramente Algo para se Ver
Marcadores:
Comunismo,
crise,
economia,
EUA,
subversão marxista
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
A filosofia na Idade Média – Etienne Gilson A Maçonaria Invisível – Ricardo de La Cierva A Nova Teologia - Sim Sim Não Não A ...
-
Capítulo V Características de cada fase da vida espiritual "Justum deduxit Dominus per vias rectas O Senhor conduz o justo por caminhos...
-
Atenção Informamos que a Missa no Colégio Arnaldo (infelizmente), encontra-se suspensa. As Missas Tridentinas, continuam sendo celebradas em...
-
A cruz vermelha simboliza o amor por Cristo até o martírio. Mesmo símbolo utilizado pelos Cavaleiros nas Cruzadas. As letras que est...
-
Por Apostolado São Pio V Eis alguns livros litúrgicos disponíveis para download em formato PDF, extremamente úteis para a preparação da S...
-
Renato Salles 1 INTRODUÇÃO Uma das questões que mais intriga o homem é sobre o problema do mal, pois este vai exatamente contra aquilo que ...
-
BULA PAPAL DE CLEMENTE XII SOBRE A MAÇONARIA CLEMENTE, bispo, servo dos servos de Deus a todos os fiéis, Saudações e Bênçãos Apostól...
-
VIVA NOSSA SENHORA!!!! CONSAGRAI A RÚSSIA AO SAGRADO CORAÇÃO DE MARIA! PADROEIRA DO BRASIL PARA SEMPRE!
-
O Sillon “O Sillon serve de comboio ao socialismo, tendo os olhos fixos numa quimera.” Pio X (25 de agosto de 1910) O modernismo...
Especiais
- A Religião do Concílio Vaticano II - Cadernos Montfort
- As 62 razões: Famoso folheto com 62 razões para não assistir à Missa Nova - FSSPX
- CEM ANOS DEPOIS - Luzes da encíclica “Pascendi” para os católicos de hoje, ou, "Pascendi explicada - FSSPX
- DE RATIONIBUS FIDEI - Santo Tomás de Aquino - Blog do Pe Elilio
- Dossiê Liturgia uma babel programada - Montfort
- Ecumenismo e “Liberdade Religiosa”: algo “novo” em luta com o “antigo”
- Jean Duns Scoto (1266-1308) - Montfort
- Monsenhor Lefebvre e a Sé Romana - Cadernos Montfort
- Santo Atanásio e a crise da fé no Século IV - Mosteiro de Santa Cruz
- Sermão da Missa de inauguração da capela Santa Maria das Vitórias - Pe João Batista - Associação Civil Santa Maria das Vitórias
- Sinopse dos erros imputados ao Vaticano II - Mosteiro de Santa Cruz
- Veja aqui o Dossiê sobre o Motu Proprio de Bento XVI liberando a missa de São Pio V - Capela
Nenhum comentário:
Postar um comentário