sexta-feira, 31 de julho de 2009

AGENDA INDEX BONORVM

Errata:

Clique aqui para conferir a errata da Agenda do Index Bonorvm.

Belo Horizonte dias 19/09/09, 24/10/09, 21/11/09, 12/12/09, 16/01/10, 06/02/10.

Primeira parte do Curso de Trivium (Lígua Portuguesa, Lógica e Latim).

Prof. Carlos Nougué

 

Belo Horizonte, novembro 2009.

Palestra: A Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Prof. Carlos Nougué

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1a Parte: Para Bem Escrever na Língua Portuguesa (curso de extensão)

Professor: Carlos Nougué

EMENTA da 1a. Parte.

I) A linguagem humana:

1) A tripla função da linguagem

2) Os modos de comunicação

3) A natureza da linguagem

a) Matéria

b) Forma

c) Os símbolos da linguagem

► A formação dos conceitos

► As dez categorias da realidade

► Linguagem e realidade

4) A dimensão lógica da linguagem

5) A dimensão psicológica da linguagem

6) A ambigüidade da linguagem

 

II) Gramática geral e gramática da língua portuguesa:

1) Morfologia

a) As categorias gramaticais: características, funções e uso

► Os substantivos (e pronomes substantivos)

► As categorias atributivas

■ Os adjetivos

■ Os verbos

● suas classes, modos e tempos

● as formas nominais

■ Os advérbios: atributivos secundários

b) Os determinativos

► Os artigos

► Os dêicticos ou pronomes demonstrativos

c) Os conectivos

► As preposições

► As conjunções

► Os verbos copulativos ou de ligação

2) Sintaxe e funções sintáticas

3) Estilística I

a) O bem escrever

b) Tradição e estilo

c) As múltiplas possibilidades da língua

► Concordância verbal e nominal

■ Silepse

■ Concordância por proximidade ou atração

► Voz passiva

■ sintética

■ analítica

► Colocação dos chamados pronomes átonos

► Pontuação

 

4) Estilística II

a) Paralelismo sintático

b) Coordenação e subordinação

c) Frase, parágrafo e período

d) Ritmo, tom e harmonia

e) O simples e o complexo

 

O curso é realizado pelo Instituto Angelicum e fornecerá um comprovante de conclusão em carater de curso de extensão.

Cada aula se dará de 8h da manhã às 17h.

Valor: R$ 120,00 por sábado.

 

Currículum do Palestrante:

 Prof. Carlos Nougué

Carlos Nougué (57 anos, brasileiro)

1) Professor da doutrina de S. Tomás de Aquino. Tem numerosos artigos publicados sobre esta doutrina e suas múltiplas aplicações.

2) Professor de História da Filosofia. Recentemente ministrou um curso de quatro meses no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.

3) Professor de Lógica aristotélico-tomista e de Latim.

4) Professor de pós-graduação de Tradução e Língua Portuguesa.

5) Tradutor de Latim, Francês, Espanhol e Inglês.

6) Principais traduções:

a) Sobre o Mal, de Santo Tomás de Aquino (Tradução do latim e Notas) (Rio de Janeiro, Sétimo Selo, 2005);

b) Sobre o Sumo Bem e o Sumo Mal, de Marco Túlio Cícero (Tradução do latim, Apresentação e Notas) (São Paulo, Martins Fontes, 2005);

c) A Natureza do Bem, de Santo Agostinho (Tradução do latim) (Rio de Janeiro, Sétimo Selo, 2005);

d) Sobre o Sermão do Senhor na Montanha, de Santo Agostinho (Tradução do latim, Apresentação e Notas) (Campo Grande, Edições Santo Tomás, 2003);

e) Santo Tomás de Aquino, de Gilbert Keith Chesterton (Tradução do inglês e Notas) (Nova Friburgo, Edições Co-Redentora, 2002);

f) A Inocência do Padre Brown, de Gilbert Keith Chesterton (Tradução e Notas, com Apresentação de Rosa Nougué) (Rio de Janeiro, Sétimo Selo, 2006);

g) D. Quixote da Mancha, de Miguel de Cervantes (Tradução do espanhol, Apresentação e Notas, em co-tradução com José Luis Sánchez) (Rio de Janeiro, Record, em 2005).

7) Prêmio Jabuti/1993 de Tradução e indicação para os de 1998 e 2006.

8) Lexicógrafo.

 

APOIO:

 cabeçalho   sétimo selologo de castro01

domingo, 26 de julho de 2009

Missa Tridentina na Capela do Colégio Arnaldo Supensa!

Atenção

Informamos que a Missa no Colégio Arnaldo (infelizmente), encontra-se suspensa. As Missas Tridentinas, continuam sendo celebradas em BH. Todos 1° e 2° Sábado (Padres de Campos) na Capela Nossa Senhora da Conceição Aparecida e todos 2° e 4° Domingos (Padre Elilio) na Capela do Colégio Monte Calvário.

Colégio Arnaldo

Colégio Arnaldo - Belo Horizonte

Dom Antônio de Castro Mayer, Circular sobre a Reverência aos Santos Sacramentos, 21 de novembro de 1970.

Extraído de Frates in Unum.com

Dom Castro Mayer02Na Igreja Latina, a fé viva na Presença Real se ostenta mediante a genuflexão e a postura genuflexa, quando se passa diante ou quando se está em presença da Santa Hóstia Consagrada, ou solenemente exposta, ou em reserva no sacrário. Semelhante atitude baseia-se na Sagrada Escritura. Nela. de fato, lemos que tal atitude é, no fiel, o sinal da adoração. Assim, são louvados os milhares de judeus que “não curvaram os joelhos diante de Baal” (Rom. 11, 4); e, a respeito do Deus verdadeiro, diz o Senhor em Isaías, que “a Ele se curvará todo joelho” (44, 23 – cf. Rom. 14, 11 ). Mais diretamente a Jesus Cristo, declara o Apóstolo que ao seu nome “dobra-se todo joelho, no Céu, na terra e nos infernos ” (Fil. 2, 10). Aliás, era a maneira como externavam sua fé no Salvador aqueles que Lhe pediam algum benefício (cf. Mat. 17, 14; Marc. 1, 40). Na Santa Igreja, o costume de dobrar os joelhos diante do Santíssimo Sacramento, além da adoração devida a tão excelso Senhor, tenciona, outrossim, manifestar reparação pelas injúrias com que a soldadesca infrene ludibriou do misericordioso Salvador, após a flagelação e coroação de espinhos: “de joelhos diante d’Ele, d’Ele zombavam” (Mat. 27, 29).

Fixa-se assim numa Tradição Apostólica o hábito de manifestar, mediante a genuflexão e a postura ajoelhada, nossa fé viva na Divindade de Jesus Cristo, substancialmente presente no altar. Eis porque recebe o fiel a Sagrada Comunhão de joelhos. Não o faz o Sacerdote na Missa, porque ele aí está representando a pessoa de Jesus Cristo. ‘Agit in ,persona Chisti”. faz as vezes de Cristo como sacrificador, ofício que de modo algum compete ao fiel. Fora da Missa, também o Sacerdote comunga de joelhos.

Não há por que deixar uso tão excelente

Não somente porque é um costume imemorial, com base na Bíblia Sagrada, como peia mesma natureza do ato, a genuflexão raros compenetra de humildade, leva-nos a reconhecer nossa pequenez de criaturas diante da transcendência inefável de Deus, e mais ainda, nossa condição de pecadores que só pela mortificação e a graça chegaremos a dominar nosso orgulho e demais paixões, e a viver como verdadeiros filhos adotivos de Deus, remidos pelo Sangue preciosismo de Jesus Cristo.

De onde, a substituição de semelhante costume piedoso por outro só poderia justificar-se, no caso de uma excelência superior tão grande que compensasse também o mal que há em toda mudança, como ensina Santo Tomás de Aquino (1. 2. q. 97, a. 2) com relação aos hábitos que dão vida às leis. Fiel a esta doutrina do Aquinate, o II Concílio do Vaticano estabelece que não se devem introduzir modificações na Liturgia, a não ser quando verdadeiramente necessárias, e assim mesmo, manda que as novas fórmulas dimanem organicamente das já existentes (Const. “Sacrosanctum Concilium”, n° 23).

Ora, o novo modo de comungar não oferece a excelência que sua introdução está a pedir. De fato, comungar de pé é coisa que não apresenta a seu favor textos da Sagrada Escritura, não tem as vantagens espirituais que a postura de joelhos traz consigo, como acima observamos, e tem os inconvenientes de toda mudança, que relaxa em vez de afervorar os fiéis.

Por isso, deve-se conservar o hábito de comungar de joelhos. [...]

Recomendamos, portanto, a todos os caríssimos Sacerdotes que exercem o ministério no nosso Bispado, que se atenham a esta disposição diocesana: só distribuam a Sagrada Comunhão aos fiéis ajoelhados, admitindo apenas exceções em casos pessoais, quando alguma enfermidade torna impossível, ou quase, o ajoelhar-se. Em caso nenhum se permita a Comunhão na mão.

O encontro de Assis na Amazônia

Lideres de diversas religiões rezam e assumem compromissos pela paz no Intereclesial

em 25/07/2009 12:09:04 (227 leituras)

img4a6b25fc304f2 O último dia do 12º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que acontece em Porto Velho desde o dia 21, começou com um apelo pela paz, feito por líderes de oito religiões.  Os religiosos assumiram o compromisso de lutar pela paz.

“O grito que vem da Amazônia só será ouvido se as religiões se derem as mãos”, afirmou o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Geraldo Lyrio Rocha, representante da Igreja Católica. Chega de divisão, de preconceito e de guerras por motivos religiosos. Chega de ódio por projeção distorcida da verdade que liberta”, disse.

img4a6b263fee969 Dom Geraldo concluiu lembrando o papa João XXIII ao afirmar que o caminho da paz passa pela busca da liberdade, da verdade, da justiça e do amor. “A guerra não pode ser motivada pelas religiões”, concluiu o presidente.

O mulçumano Mohamad Zaglout apontou a discriminação das religiões como empecilho à paz. “Todas as religiões possuem a mesma mensagem: paz amor e submissão ao Deus único”, considerou. Na sua opinião, conhecer a religião do outro ajuda a construir a paz. “É preciso buscar conhecer não só a própria religião, mas também a do outro, sem discutir princípios.

Para os indígenas, a paz significa o respeito ao direito dos povos indígenas, especialmente, o da demarcação de suas terras. “A paz que nós indígenas queremos é que todas as terras indígenas sejam demarcadas”, disse a líder Hosana Puruborá.

img4a6b2693c5593 “Deus, que cuida da criação, pode ser encontrado em todas as religiões”, disse o pastor luterano, Alan Shulz, representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil.

Participaram ainda da celebração pela paz um representante do Centro Judaico de Rondônia, José Elarrat; um representante da Igreja Ortodoxa, Mikhael Esber; um representante da Nação Ketu e Babalorixá, Hilton da Veiga Monteiro,e um representante da Igreja Unida do Japão.

Leia a íntegra do texto clicando AQUI

Compromisso conjunto das Religiões

Nós, reunidos em nome da paz e por causa da paz e da vida na terra declaramos:

a) Comprometendo-nos juntos a enfrentar, com responsabilidade e coragem, os problemas e desafios do mundo contemporâneo: destruição da natureza e poluição do meio ambiente – fome, miséria, trabalho escravo, trabalho infantil e desemprego – racismo, intolerância e marginalização das mulheres – materialismo e consumismo – violências, guerras e fabricação de armas – globalização, imperialismo e comércio injusto – ganância, corrupção e quaisquer ações e políticas que não promovam a dignidade e o desenvolvimento humano em harmonia com a riqueza e os limites do planeta.

b) Comprometendo-nos juntos a cuidar da conservação da natureza para a vida da única família humana de todas as gerações, respeitando-nos uns aos outros como habitantes deste planeta onde vivemos como peregrinos.

c) Comprometendo-nos juntos a contribuir na educação das pessoas no respeito e na estima recíprocos, a fim de poder alcançar uma existência pacífica e solidária entre os membros de etnias, culturas e religiões diferentes.

d) Comprometendo-nos juntos a dialogar com sinceridade e paciência, não considerando o que nos divide como um muro insuperável, mas ao contrário, conhecendo que o confronto com a diversidade do próximo pode tornar-se uma ocasião de maior compreensão recíproca e a promover a cultura do diálogo, para que se desenvolvam a compreensão e a confiança recíprocas entre os indivíduos e entre os povos.

e) Comprometemo-nos a defender o direito de todas as pessoas humana de levar uma existência digna, conforme com a sua identidade cultural e a estar da parte de quantos sofrem devido à miséria a ao abandono, fazendo-nos a voz dos que não têm voz e empenhando-nos concretamente para sair de tais situações, convictos de que sozinhos, ninguém pode ser feliz.

f) Comprometendo-nos juntos a fazer nosso o brado de todos os que não se resignam à violência e ao mal, contribuindo com todos os nossos esforços para a edificação e consolidação de um mundo de solidariedade, e a humanidade tenha uma real esperança de justiça e de paz

“Que nenhum ódio nem nenhum conflito, que nenhuma guerra encontre um incentivo nas religiões. A guerra não pode ser motivada pelas religiões. Que as palavras das religiões sejam sempre palavras de Paz! Que as religiões guiem os corações na pacificação da terra!”

Fontes: http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=1893

http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=1893

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Padre a paisana (anônimo)

padre_fabio_melo

Foto de Pe Fábio Melo

Depois dos Padres de passeata, surgirá em um futuro bem próximo (através do protótipo Pe Fábio Melo), a classe dos Padres a paisana. Podemos dizer que tais Padres representarão, a corrente do cristianismo anônimo (ateu, e em Cristo) de Karl Rahner.

Cristo avisou nos que no fim dos tempos viriam falsos profetas. Diriam estes falsos profetas: - Ele está aqui ou ali. Qualquer semelhança com Bispos, Padres e Leigos dizendo que Cristo esta no liberalismo, no protestantismo, no socialismo, no marxismo, no humanismo, indigenismo, no ateísmo, no hinduísmo, etc, não é mera coincidência. Tomem cuidado com estes tais que se dizem apóstolos…

TRATADO SOBRE A TRADIÇÃO DIVINA DO CARDEAL FRANZELIN

SIM SIM NÃO NÃO

“O vosso falar seja SIM SIM NÃO NÃO; porque tudo o que passa disso vem do Maligno” (Mt. 5,37)

Ubi veritas et iustitia, ibi caritas

Site da Edição Portuguesa do Jornal Romano antimodernista “Sì Sì No No”

Fundador: Pe. Francisco Maria Putti

Diretor: Pe. Emmanuel de Taveau

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PARA ASSINATURAS: secretariassnn@yahoo.com.br

“Jamais se vence o erro sacrificando-se qualquer direito da verdade.” Santo Irineu

CARDEAL FRANZELIN

 

Depois da publicação no ano passado de Tradição e Modernismo do cardeal Billot, as edições "Courrier de Rome" acabam de publicar a primeira tradução francesa do Tratado sobre a Tradição divina do cardeal Franzelin (400 páginas, 21 euros + taxa de correio).

O padre Jean-Michel Gleize, professor de eclesiologia no Seminário Internacional São Pio X em Écône, assegurou a tradução do tratado do cardeal Franzelin, acrescentando uma apresentação e notas substanciais quefacilitam enormemente a leitura.

Elevado ao cardinalato pelo papa Pio IX em 1876, Jean-Baptiste Franzelin (1816-1886) ensinou teologia dogmática durante vinte anos no Colégio Jesuíta de Roma. Teólogo consultor do prmeiro concílio Vaticano em 1870, ele publicou nesse mesmo ano um tratado sobre a tradição, o De traditione divina, que o tornou célebre e que é considerado a justo título como obra de referência sobre o assunto. Franzelin não se contenta em apresentar, com perfeito domínio de erudição, todas as fontes da patrologia grega e latina. Seu tratado é construído como uma obra propriamente científica deve ser. As duas funções da teologia, a positiva e a especulativa, estão aqui presentes para definir precisamente o conceito de tradição, na mais estreita dependência das fontes da revelação. Aobra de Franzelin põe o dedo na chaga do vício radical do sistema protestante, que repousa em grande parte sobre a recusa desse dogma católico da Tradição Divina. O livro mantém toda sua atualidade sobretudo nesse momento em que a falsa noção de tradição viva que está no centro dos ensinamentos do concílio Vaticano II dá margem a tantas confusões doutrinais que alimentam muitos fiéis da Igreja católica.

TRATADO SOBRE A TRADIÇÃO DIVINA DO

CARDEAL FRANZELIN

1- Uma obra que não envelheceu

O Cardeal João Batista Franzelin, da Companhia de Jesus, morreu em 11 de dezembro de 1886, em Roma, deixando atrás de si a imagem de um religioso exemplar. Ele ficou famoso sobretudo por sua obra mestra De traditione divina, o grande tratado teológico sobre a Tradição, publicado em 1870. É a obra prima do mestre, e como todas as obras primas, não envelheceu. Aqueles que desejam se debruçar seriamente sobre os textos do concílio Vaticano II, para analisar as dificuldades que eles colocam à consciência dos católicos, não podem ignorar o estudo de Franzelin; porque a pedra angular em que repousa uma boa parte da nova eclesiologia, a nova teologia do magistério e da fé, é a ideia modernista de "tradição viva". O tratado de Franzelin contribui profundamente para fundamentar a argumentação dos que procuram resolver os problemas levantados pelo último concílio.

2-A vantagem de uma tradução

Num episódio que ficou famoso, São Jerônimo desmascarou, com certa severidade, a tática da areia nos olhos: "Nada mais fácil - diz ele - do que seduzir uma plebe vulgar e ignorante com um discurso volúvel, pois quanto menos ela entende, mais ela admira1". Hoje em dia, todos nós fazemos mais ou menos parte dessa plebe vulgar e ignorante, porque o desconhecimento do latim tende a se generalizar. O acesso às obras dos grandes teólogos anteriores ao último concílio tornam-se cada vez de acesso mais difícil. Quem quiser pode mentir à vontade ou abusar da situação...

A vantagem de uma tradução2 é dar acesso ao verdadeiro pensamento do autor: cada um pode julgar, com bases firmes, sem glosas nem oráculos. É Franzelin quem fala.

O tratado de Franzelin comporta quatro granoes partes, totalizando 26 teses (ou capítulos). A primeira parte (teses 1-12) estuda detalhadamente a noção de Tradição Divina. É a parte mais importante e mais longa, correspondente a metade da obra. A segunda parte (teses 13-17) é consagrada aos monumentos da Tradição, isto é, às fontes graças as quais a Tradição é conservada e chega até nós. A terceira parte (teses 18-21) examina a natureza das relações existentes entre s Tradição e a Escritura. Enfim, a quarta parte (teses 22-26) versa sobre a explicitação do dogma e mostra err que sentido pode-se admitir um certo progresso dz Tradição.

3- Breve exame crítico do Protestantismo

A primeira preocupação de Franzelin é dar urr golpe de misericórdia no protestantismo. E ele faz issc com método, indicando imediatamente o ponto centra do debate: "Existe, fora das escrituras, um outro órgãc graças ao qual se conserva com toda segurança t doutrina pura e íntegra transmitida um sua origem pó Cristo e pêlos apóstolos? Os protestantes sãc obrigados a negar, se querem salvaguardar sua heresia3".

O essencial da refutação encontra-se na tese 20, em que Franzelin explica a existência da Tradiçãc Divina, tal qual o magistério da Igreja a transmite ( propõe de viva voz, e que passa à frente das Escritura inspiradas4.

O princípio sobre o qual repousa todo o protestantismo é, na verdade, a própria negação da Tradição. Ele enuncia assim: "Cremos, confessamos e ensinamos que há uma só regra e única norma segundo a qual se deve estimar e julgar todos os dogmas e todos os doutores, e não há outra senão os escritos dos profetas e dos apóstolos, no Antigo e no Novo Testamento". Mas esse princípio não se encontra em nenhum lugar nos escritos inspirados, nem no Antigo nem no Novo Testamento. "Eis porque - conclui Franzelin - se os protestantes partem do princípio que não se deve crerem nada fora da Escritura, pelo próprio fato eles crêem e impõem à crença, como primeiro princípio, [...] um postulado que não está na Escritura e que eles apresentam como o dogma deles. Enunciando esse princípio segundo o qual eles negam que se deva crer outra coisa além da Escritura, os protestantes afirmam por esse mesmo fato que se deve crer no que não está na Escritura e há aí uma contradição manifesta".

Isso não é tudo. "Todas as seitas protestantes ainda sustentam, tanto em sua profissão de fé quanto na prática, certas posições que não puderam deixar de pedir emprestado à tradição da Igreja Católica, pois não estão consignadas em parte alguma das Escrituras". Por exemplo, a inspiração dos livros santos ou ainda a santificação dos domingos em vez do sábado. "Essas crenças, observa Franzelin justamente, repousam unicamente sobre a Tradição e a autoridade do magistério da Igreja católica, não se encontra vestígio nenhum escrito delas".

A conclusão impõe-se: "Eis porque esse princípio de base do protestantismo, tal como eles o enunciam em seus símbolos de fé, implica contradição em si mesmo e contradiz todo o resto de sua doutrina".

Eis aí a contradição onde qualquer um se fecha ao rejeitara instituição divina do magistério eclesiástico, que é "a instituição fundamental estabelecida pelo Cristo". A Escritura é somente "uma fonte parcial e um instrumento a serviço da doutrina". Eis porque "Cristo e os Apóstolos declaram explicitamente e de mil maneiras essa instituição fundamental do magistório; mas não acontece o mesmo quando se trata de colocar a doutrina por escrito: Cristo nunca deu tal preceito aos Apóstolos [...]. Nem todos os Apóstolos escreveram uma obra, e mais ainda, nenhum deles pensou que devia colocarem livros toda a doutrina que pregavam5".

4- Constância e Unanimidade da Pregação da Igreja

4.1- Franzelin mostra em seguida que o magistério tradicional e constante deve se definir num sentido muito particular, porque é um magistério

essencialmente tradicional6. Há na verdade uma diferença essencial entre o primeiro magistério dos apóstolos e o de seus sucessores. "O apostolado foi instituído para fundar a Igreja, pregando toda a verdade revelada. Por isso mesmo, os sucessores dos apóstolos não podem ter como função revelar uma outra verdade; eles devem ao contrário conservar e pregar em sua integridade e seu significado autêntico toda a verdade que os apóstolos receberam: "O magistério apostólico é o órgão da revelação, enquanto que o magistério eclesiástico é o órgão da tradição, e a tradição depende da revelação como de sua regra e de seu princípio fundamental. "O magistério pertence aos apóstolos como àqueles que vão promulgar pela primeira vez toda a revelação da fé católica [...] enquanto que com seus sucessores, é um magistério que deve pregar em sua totalidade essa doutrina, cuja revelação fica a partir de então completa".

Se o magistério eclesiástico depende do magistério apostólico como de sua regra, a pregação desse magistério eclesiástico deve permanecer conforme à dos apóstolos: essa pregação tradicional permanece constante: "Os sucessores dos apóstolos aparecem sempre como as testemunhas e os doutores encarregados de propor unicamente o que receberam dos apóstolos. Porque seu cargo e seu ofício têm por objeto permanecer fiéis ao ensinamento que receberam e às verdades que lhes foram confiadas pêlos apóstolos, como discípulos que reconhecem seus mestres".

4.2- Um magistério vivo

É verdade que a Igreja explicita a expressão das verdades reveladas e propõe aos fiéis uma compreensão mais penetrante do depósito da fé. É nesse sentido que se pôde dizer que o magistério tradicional era também um magistério vivo.

Na realidade, "é claro que as verdades objetivas podem fazer parte do depósito de fé, sem que entretanto a pregação pública da Igreja as tenha proposto de modo suficiente para que os fiéis se sentissem obrigados a aderir por um ato de fé católica. E pode-se demonstrar que foi isso que aconteceu realmente. Basta apoiar-se sobre todas as definições dos concílios e dos papas que declaram como sendo de fé verdades a respeito das quais os teólogos católicos seguiam até então opiniões diferentes, sem prejuízo da fé e de sua pertença à Igreja. E eles estavam todos de acordo para reconhecer que essas verdades ainda não faziam parte do depósito de fé, tal como a Igreja declara e impõe à crença. Pode-se também estabelecer a mesma conclusão observando que há ainda hoje muitas questões teológicas que não estão definidas, que os papas e os concílios deixaram voluntariamente sem solução e que entretanto concernem o sentido de certos pontos da revelação7".

Isso se explica facilmente8. "Os dogmas revelados por Deus quanto mais profundos, mais fecundos. Eles podem corresponder de uma infinidade de modos às exigências das diferentes épocas. Eles se opõem a erros muitos diversos que a fraqueza ou a perversidade humanas podem inventar". É somente na medida em que esses erros surgem que a explicitação se faz necessária. Na realidade, esses erros põem em causa a verdade implícita que gozava até então de uma soberania pacífica. Para manter a tranquilidade da ordem no seio da crença e evitar divisões no seio da Igreja, o magistério deve se pronunciar e afirmar no tom solene que lhe é próprio, a verdade que está sendo posta em dúvida. "Poderia haver nessa pregação dos apóstolos verdades enunciadas sem muitas precisões e devido às heresias que sobrevieram em seguida, tornou-se necessário dar uma explicação mais precisa, para refutar diretamente uma certa foima de erro. Assim, os Padres e os concílios definiram expressões e a Igreja consagrou fórmulas que tomaram o valor de profissões de fé".

Essa pregação torna-se mais precisa quando o magistério da Igreja fornece uma inteligência (uma compreensão) mais profunda do dogma. Há progresso não do dogma mas da inteligência (compreensão) do dogma para os fiéis, que ficam mais protegidos contra os ataques do erro. É a passagem de um conhecimento implícito a um conhecimento explícito; a mudança afeta o modo segundo o qual vai se exercer a adesão do intelecto do fiel ao objeto de fé. O objeto de fé permanece imutável tanto antes quanto depois da definição do papa porter sido formalmente revelado.

O fiel cria até agora (1858) por exemplo, implicitamente, na Imaculada Conceição, crendo explicitamente que a Santíssima Virgem possuía a plenitude da graça (Lc. 1, 28). Essa plenitude da graça implica muitas coisas, particularmente a concepção isenta do pecado original. Essa consequência particular foi explicitada pela definição do Papa Pio IX (enquanto que outra consequência particular será explicitada por Pio XII por ocasião do dogma da Assunção). Desde então, o fiel deve crer não mais apenas implicitamente mas também explicitamente na verdade da Imaculada Conceição. A evolução se faz única e precisamente sobre o modo de crer: o modo com que o fiel exerce seu ato, de maneira implícita ou explícita. A evolução não se faz sobre o objeto da crença.

4.3 - Nas antípodas da nova tradição viva

Assim, por um lado, o progresso dessa inteligência (compreensão) deve decorrer "na mesma crença, no mesmo sentido e no mesmo pensamento9",

sem questionar o teor positivo do depósito revelado. Por outro lado, é o magistério infalível e constante, o magistério tradicional da Igreja, e só ele, que deve propor essa inteligência, não a simples razão natural nem a filosofia sozinha. Eis porque Franzelin ainda lembra10 a definição solene da constituição Dei Filius pela qual o concílio Vaticano l consagrou com sua autoridade essa propriedade essencial do magistério eclesiástico: ser um magistério constante. "Adoutrina da fé que Deus revelou não foi proposta como uma descoberta filosófica que devesse progredir pela reflexão do homem. Ela foi revelada como um depósito divino confiado à Esposa de Cristo para que ela o guarde fielmente e o apresente de modo infalível. Consequentemente, o sentido dos dogmas sagrados que devem ser conservados para sempre é aquele que nossa Mãe, a Santa Igreja, apresentou uma vez por todas e jamais é permitido afastar-se dele sob pretexto ou em nome de uma compreensão mais avançada11". A essa definição corresponde o seguinte cânone: "Se alguém disser que é possível que, às vezes, os dogmas propostos pela Igreja se revistam de um sentido diferente do que a Igreja compreendeu e ainda compreende, devido ao progresso da ciência, anátema sit, (que seja anátema)12".

Essa definição é importante, porque condena previamente a noção de tradição viva, cujo ancestral é o padre alemão Antoine Gunther (1783 - 1863), condenado em 1857 pelo Papa Pio IX, que reafirmou "o caráter constantemente imutável da fé13". Para Gunther, ao contrário, a inteligência da fé se desenvolve e evolui ao longo do tempo, graças às simples contribuições da filosofia e da razão natural e não graças ao Espirite Santo que assiste o magistério infalível da Igreja Segundo ele, "foi preciso esperar a descoberta desse verdadeira filosofia para abrir a via de acesso è inteligência perfeita de toda a revelação14" e nesse desenvolvimento da verdade ao longo do tempo, o únicc papel do magistério da Igreja é "decidir qual é, entre as diferentes maneiras sucessivas de compreender c dogma, aquela mais adaptada ao momento presente15" Eis porque "devem-se considerar essas definições quí a Igreja promulga nas diferentes épocas de sua historie como se elas contivessem uma certa parte de verdade sem ver aí a verdade em si e a verdadeira inteligênci; propriamente dita do dogma16".

Para chegar à concepção renovada de "tradiçã< viva", tal qual está germinando hoje no neo modernismo, basta fazer o desenvolvimento da verdadi depender da evolução da consciência individual ou d< sentimento religioso. Sendo revista e corrigida pel filosofia imanentista, que serve de base a ess modernismo, essa nova concepção procede em linha direta de Gunther, e continua merecendo a condenação de Pio IX.

5- Magistério hierárquico e crença dos fiéis

A função do magistério é conservar intacta a fé da Igreja. Como explica Franzelin17, isso implica duas verdades. "Por um lado o Espírito Santo conserva na sociedade dos fiéis a integridade da fé sempre intacta. Por outro, o Espírito Santo obtém esse resultado não apenas agindo diretamente e sem recorrer a um ministério visível, mas também através do exercício do magistério autêntico dos sucessores dos apóstolos18".

Certamente o Espírito Santo pode sempre agir no íntimo das almas, pela graça. Entretanto, essa ação mística é inseparável da ação social do magistério. O Espírito Santo age nas almas na medida em que as almas permanecem na dependência da hierarquia da Igreja. "Quando se fala dessa graça interior chamando-a de doutrina, revelação, testemunho, não se deve entender as expressões desse género no sentido em que elas excluíram a graça exterior e a pregação autêntica. Deve-se ao contrário torná-las como se significassem ao mesmo tempo essa segunda noção19". Todas as passagens da -Escriturérsobre as quais os— protestantes quiseram se basear para defender seu postulado do livre exame ou de uma inspiração nëivjdual direta (1 Jo, 2,18-21 e 2, 24-27; Isaías, 54,13; Jer 31T 31-34) não se podem compreender com exclusão da atividade do magistério; ao contrário, supõem essa atividade20".

Há uma dependência essencial da Igreja discente em relação à Igreja docente. E ao invés de falar em relação aos fiéis de uma "infalibilidade passiva da Igreja", Franzelin pensa que seria melhor "distinguir a infalibilidade na creftça e a'infalibilidade no ensino, ou melhor, a infalibilidade da obediência da fé e a da pregação e da definição da fé.21"

Sem dúvida, Santo Hilário pôde dizer que "os ouvidos do povo são mais santos do que os corações dos padres22". Mas essa expressão deve se entender num sentido bem preciso. "O povo", diz Franzelin, "prefere permanecer na unidade e de acordo com o pensamento dos padres que, por sua vez, permanecem na unidade e de acordo com o pensamento da Igreja. O povo prefere isso a seguir a doutrina dos padres que estão desligados da unidade e da fé comum. Mas seria completamente absurdo ouvir os corações dos padres sem precisão ou achar que o povo passe a ser juiz dos padres. A ordem é exatamente inversa e os corações dos padres, a consciência de sua fé e a inteligência católica dos pastores que permanecem na unidade da Igreja são a causa ministerial e o órgão graças ao qual o

Espírito da verdade modela os santos ouvidos do povo, formando neles o sentido e a inteligência católica dos fiéis que devem escutar, aprender e obedecer a fé23". O sentido da fé ("sensus fidei") é o efeito, não a causa, da atividade do magistério eclesiástico.

6- Em caso de necessidade: recurso à doutrina de sempre

Para prová-lo, Franzelin imagina até um caso limite (poderíamos pensar hoje que não é só teoria). "Pode acontecer que bispos, até mesmo muitos bispos, de províncias inteiras, percam a f é e a maior parte do rebanho dos fiéis permaneça com a profissão de fé católica e prefira se agrupar na unidade e no acordo de pensamento com os sucessores dos apóstolos que permanecem no centro da unidade, isto é, a Sede de Pedro24".

Em tal situação crítica, a Igreja discente terá sempre o meio de reconhecer a autêntica pregação da Igreja docente, porque essa deve sempre permanecer como tal, de um modo ou de outro, ao menos numa parte dos pastores que permaneceram fiéis. E haverá sempre um sinal indubitável para reconhecer essa pregação, MasJranzelin não diz que_ seja primeiro e acima de tudo a pregação dos pastores que obedecem ao sucessor de Pedro. É a pregação dos pastores que obedecem ao sucessor de Pedro na medida em que este obedece ao Cristo, continuando a transmitir o depósito. O verdadeiro magistério deve sempre ser um magistério constante e tradicional. Basta "que tenha constância para transmitir a doutrina já recebida uma vez por todas, e é graças a essa constância que permanece para o povo católico uma norma viva que regula sua fé e o laço que estabelece sua unidade25".

A constância do ensinamento tradicional é portanto o critério por excelência, necessário e suficiente, da pregação autêntica da fé católica. "É impossível que uma doutrina revelada, depois de ter sido unanimemente defendida e explicitamente professada entre os sucessores dos apóstolos, venha a ser negada no interior da Igreja. E reciprocamente, é impossível que uma doutrina, depois de ter sido negada e condenada pela unanimidade, seja defendida26".

7-Aatualidade de Franzelin

Dom Lefebvre sempre invocou esse critério da constância, o argumento dos 20 séculos de Tradição, para justificar a resistência dos católicos face aos erros do concílio Vaticano II. Em particular, fica claro que os ensinamentos da declaração Dignitatis humanae sobre a liberdade religiosa (especialmente o no. 2) são a própria expressão dos erros solenemente condenados pelo magistério infalível do papa Pio IX na encíclica Quanta cura de 1864. É portanto impossível aceitar esse texto do concílio Vaticano II.

"Somos obrigados a constatar que a orientação que a Igreja toma atualmente se encontra em contradição com o que seus predecessores disseram. E eis-nos obrigados a escolher. É um drama para nós. Escolher entre a Igreja de hoje, a orientação da Igreja de hoje e a que a Igreja sempre ensinou durante dois mil anos".

"O que podemos fazer? Só nos resta a alternativa de nos reportarmos a dois mil anos de Tradição. Não é possível desligarmo-nos da Igreja. Seria fazer um cisma. Desligarmo-nos da Igreja de dois mil anos! [...]. Vemos os erros que são ensinados atualmente, as práticas contrárias à tradição da Igreja, coisas que são contrárias a nossa fé. Devemos dizer: não! Não podemos aceitar o que vai de encontro a nossa fé, seja quem for que no-lo ensine. Mesmo se for um anjo vindo do céu, dizia São Paulo, não podemos abandonar nossa fé [...]. E eis porque nos apegamos à Tradição da Igreja. Porque, permanecendo fiéis ao que a Igreja sempre ensinou durante dois mil anos, estamos seguros e certos de não nos enganar27".

Evocando este argumento de 20 séculos de Tradição, Dom Lefebvre não fez outra coisa a não ser seguir os ensinamentos recebidos há anos de seus professores no Seminário Francês de Roma, ensinamentos que eram e continuam sendo a expressão da doutrina católica da Igreja. É mérito de Franzelin nos ter dado a formulação teológica mais sublime. Eis a razão porque a leitura de beu livro é tão útil ao esclarecimento dos espíritos, fazendo-os compreender melhor as bases e a necessidade da resistência aos erros do último concílio.

Pe. Jean-MicheI GLEIZE

Notas

1 São Jerônimo, Carta 52 a Népotien, n. b em PL, 22 -534.

2 A primeira tradução francesa do tratado de Franzelin acaba de ser publicada pela Edição Courrier de Rome.

3 Tese 3, n. 26.

4 Tese 20, n. 436-438.

5 Tese 4, n. 40.

6 Tese 22, n. 470-472.

7Tese 23, n. 490.

8Tese 23, n. 485 et485.

9 Concílio Vaticano l, constituição Dei Filius, cap. 4 em DS3020.

10 Tese 25, n. 529.

11 Concílio Vaticano l, constituição Dei Filius, cap. 4 em

DS3020.

12lbid.

13 Pio IX, Breve Eximinian tuam ao arcebispo de Cologne, em 15 de junho de 1857 em DS 2829

14 Tese 25, n. 525.

16lbid.

16lbid.

17Tese 12, n. 193-209.

18 Tese 12, n. 193.

19 Tese 12, n. 202.

20 Tese 12, n. 202-205.

21 Tese 12, n. 194, notai.

22 Santo Hilário, Contre Auxence, n. 6 em PL, 10/613, citado por Franzelin, tese 12, n. 209.

23 Tese 12, n. 209.

24lbid.

25lbid.

26lbid.

27 Dom Lefebvre, Homélie à Ecône, 19 de setembro de 1976 em Vu dehaut.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Livro: Pastoral da Terra e MST incendeiam o País

O Papel subversivo da esquerda católica

Todo mundo concorda que já passou dos limites a agitação no campo. As agressivas manifestações dos movimentos políticos, chamados de sociais, não param.

Quanto mais eles se organizam, mais se constata que há um plano de agitação bem estruturado, que se estende por todo o território nacional.

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Mas o que fazem frades (de batina!)...

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... desfilando ao lado de agitadores que levam símbolos comunistas nas camisetas, bandeiras e bonés do MST?

Analisados em seu espírito, suas metas e seus métodos, percebe-se que essas manifestações correspondem a um vasto e bem estruturado plano de agitação.

Esse plano tem como pivô o MST, mas é impulsionado pela esquerda católica, através de elementos altamente credenciados na Hierarquia eclesiástica e de organismos como  CPT (Comissão Pastoral da Terra), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), ambos órgãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil  (CNBB), remanescentes das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e outros do gênero, os quais substituem com vantagem os Lenines, Stalins, os Maos e Ho-Chi-Mins de outrora, na pressão insistente e mesmo violenta por uma Reforma Agrária socialista e confiscatória.

Mas você certamente está se perguntando, e tem o direito de saber:

● Como se deu a infiltração comunista nos meios católicos?
● Será verdade que as Pastorais geraram o MST?
● Que relação têm os líderes do MST com a “esquerda católica”?
● É verdade que a “esquerda católica” ensina marxismo para o
MST?
●Que ligações concretas têm a CPT e o MST?
● A CPT não age também sozinha?

Você também terá visto como a CNBB pressiona por uma Reforma Agrária radical. Tem ela algum pacto com o governo? O que pensam os Bispos sobre a propriedade privada, defendida pelos Papas em numerosos documentos? Afinal, qual é a doutrina da Igreja sobre a propriedade privada?

A resposta a todas essas perguntas está no livro Pastoral da Terra e MST incendeiam o País, de Gregório Vivanco Lopes, que faz parte da coleção Em defesa do Agronegócio.

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Você não pode ficar indiferente!
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sábado, 18 de julho de 2009

Uma aula de caridade para o Pe Fábio Melo

"Já há algum tempo, mas com insistência maior depois que os falsos amigos se revelaram, temos sido censurados por “fazer polêmica”. Esta censura foi feita a outros antes de nós, entre outros, ao Abbé Berto, fundador das dominicanas do Espírito Santo (Pontallec, Saint Cloud...). Sua resposta é bonita demais para continuar na sombra. A resposta data de junho de 1956. Como é longa, extraímos de lá algumas passagens." (Pe. Laguerie, diretor de "Le Chardonnet").

POLÊMICA E CARIDADE

Abbé Berto

Vós que educais crianças, em lugar de deplorar minha violência, fazei violentos. Os violentos podem se tornar mártires; os falsos caridosos nunca o serão; serão mortos sem que testemunhem, e são vistos tão transbordantes de caridade para com o carrasco, que lhe fazem o favor de entregar o rebanho com uma mão enquanto mantêm a outra na consciência.

Chega ao ponto que mais lhe desagradou em meu artigo: a rudeza do tom, segundo o senhor, pouco caridoso. Sobre esse ponto não concedo nada. Se a caridade é o que o senhor diz, é preciso rasgar páginas inteiras do Evangelho, desde a palha e o pó dos “hipócritas”, até a chave da ciência que os “duces cæci et stulti” guardam em seus bolsos, para acabar com as serpentes, “genimina viperarum”. Ou será que o senhor usa dois pesos e duas medidas? Era caridade para São Jerônimo tratar Santo Agostinho de “abóbora”, “cucurbitarius”, Rufino de “asno de duas patas”, “asinus bipes”, enquanto que seria falta de caridade de minha parte alegrar meus leitores evocando o “bípede implume” de Platão, expressão que aplico tanto a mim quanto a meus adversários, já que sou homem como eles, ao passo que São Jerônimo não aplica a si, com certeza, “o asno de duas patas” que ele lançou a Rufino. A menos que o senhor prefira dizer que São Jerônimo também faltou à caridade, o que o faria contra toda a Igreja, e contra a evidência, pois a Igreja e a evidência proclamam que esse vulcão de invectivas ardia de caridade.

Ele e não eu? Infelizmente é a pura verdade, mas para dize-lo, é preciso escrutar minhas intenções, o que também não é evangélico, e ir além do meu comportamento literário, já que minhas expressões não são mais fortes do que “sepulcros caiados” que está no Evangelho, e que “borrou-se nas calças” que está na carta para Eustochium.

O senhor se escandaliza por encontrar a invectiva numa publicação que se intitula católica. É, simplesmente, porque a invectiva é católica, como prova o Evangelho; como provam não só os onze volumes de São Jerônimo em Migne como cem outros tomos de Patrologia. Ela não é, por si mesma, em todos os casos contrária à caridade. A caridade transcende a invectiva e a mansidão das palavras, ela “impera” sobre uma e outra, conforme as circunstâncias. Verdadeiramente, “o Evangelho só fala de caridade?” Muito bem, estou de acordo; no entanto ele contém invectivas, portanto as invectivas não são, por si mesmas, contrárias à caridade do Evangelho. E quanto a uma caridade que não é a do Evangelho, pouco me importa faltar-lhe.

Mantenho, pois, absolutamente, meu direito à invectiva; repilo absolutamente a censura de falta de caridade fundada unicamente sobre o uso da invectiva; digo que essa censura procede de um erro sobre a própria natureza da caridade. Pode-se, é verdade, faltar à caridade na invectiva, e eu posso ter tido essa infelicidade; mas pode-se também faltar à caridade na mansidão, e condenar a invectiva em nome da caridade não está de acordo com a noção de caridade que o Evangelho do dulcíssimo e terrível Senhor Jesus no dá e da qual nos mostra a prática.

Veuillot é cheio de invectivas e se pode dizer que São Pio X canonizou não a sua pessoa mas o seu modo de ser. O Breve de 1913 é minha carta magna e a ela me atenho.

Mas Veuillot era leigo! Sim e daí? Interdizer ao padre, porque é padre, a invectiva é aceitar uma imagem convencional e artificial do padre, que tem sua origem em outro lugar que não é o Evangelho nem a Igreja, sendo a imagem mundana do padre, ou melhor, sua caricatura, benevolente, untuosa, efeminada. Não quero me parecer com essa caricatura degradante; quero ter ao alcance de minha mão o chicote de que se serviu o Soberano Padre, único modelo verdadeiro dos padres ministeriais. Posso ter usado pouco caridosamente esse chicote de caridade, pouco evangelicamente esse chicote evangélico, pouco sacerdotalmente esse chicote sacerdotal; mas ele é o chicote de caridade, é evangélico, é sacerdotal, e eu tenho duplamente como padre, o dever de conserva-lo em uso, porque duas vezes, como padre, tenho o dever de revestir-me com a semelhança de Jesus.

É verdade que são padres, religiosos os que encontro, em meu caminho. Mas se eles fazem uma obra nefasta, a caridade me ordena deixá-los realizá-la porque são padres ou religiosos? Ao contrário, me ordena impedir que o seu caráter religioso proteja seus empreendimentos. Ao mesmo tempo, me ordena, é verdade, respeitar neles aquilo que permanece respeitável, suas vidas privadas, das quais não trato nunca, suas intenções, que não presumo nunca perversas, a pureza de sua fé que não me arrogo nunca o direito de contestar.

Quanto ao mais, a caridade que me obriga a amá-los como meu próximo, me impõe como um dever odiá-los “perfecto odio” como publicistas, se pregam uma teologia inexata, se têm uma pastoral funesta, se têm um estilo ridículo, se seu juízo é falso, se têm o gosto sofisticado, e raciocinam contra o bom senso, se confundem o unívoco e o análogo, a geometria e a finura, o essencial e o existencial, sobretudo se, enfim, conseguiram uma audiência bastante grande para semear a desordem em muitos espíritos, para atrapalhar uma grande quantidade de cabeças fracas. É lastimável, é doloroso que padres e religiosos que se metem a escrever dêem o espetáculo de uma ou de outra dessas disformidades ou de várias ao mesmo tempo; mas se o dão, a caridade impõe uma indignação tanto maior quanto maior a indecência da parte deles, e tanto mais saudável quanto mais urgente tirar-lhes o crédito.

(Transcrito de “Le Chardonnet”, n° 42, republicado em PERMANÊNCIA n° 252-253, Nov.-Dez. de 1989.)

Controle da internet propagandeado em novela da Globo

Cena de 8 de julho na novela "Caminho das Índias", conforme relatado por ouvinte do True Outspeak. Duas personagens, interpretadas por Cissa Guimarães e Sílvia Buarque, dialogam sobre comentários ofensivos num blog:

A: "É incrível como tudo o que é declarado na internet roda o mundo em apenas alguns segundos."

B: "É mesmo. Deveria haver meios de se controlar as informações que circulam na internet."

A: "Deveria haver bloqueios para que as informações não fossem colocadas dessa forma."

B: "Com certeza!"

Muito interessante...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Luto pelo falecimento de D. Paulo Lopes de Faria

Este blog vem a declarar luto pelo falecimento de  V. Ex.ª Revma D. Paulo Lopes de Faria (78 anos).

Que sua alma descanse em paz na Glória eterna!

Fotos da Missa no Rito Romano Extraordinário celebrado por D. Paulo Lopes de Faria em 10 de fevereiro de 2008

Missa com DPaulo

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Está Definitivamente Criado o INDEX BONORVM! DEO GRATIAS!

Santa Rita de Cássia rogai por nós!

Prezado leitor e amigo,

A paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Ser católico nunca foi fácil e hoje isto não é nenhuma exceção.

As dificuldades do dia-a-dia são enormes, mesmo assim, não podemos nos desanimar, mas sim reconhecer a primazia de Nosso Senhor Jesus Cristo em nossas vidas.

Com este pensamento, foi formado o INDEX BONORVM, uma iniciativa de promoção da caridade e do inter-relacionamento entre católicos apostólicos romanos.

Ele nasce para dar testemunho da verdade, principalmente a que se manifesta através da caridade, e tem na cruz do Calvário, o seu maior testemunho.

Seus objetivos são dois: a) fazer caridade; b) fortalecer os vínculos de amizade e união entre os católicos apostólicos romanos e a defesa de seus interesses.

Atualmente existe um núcleo de caridade e inter-relacionamento que está arrecadando fundos para erigir uma capela em homenagem a Santa Rita de Cássia na cidade de Belo Horizonte - MG, Brasil, além de prestar caridade espiritual e material a quem dela necessitar.

Portanto, convidamos a você, católico, a fazer parte deste nosso esforço. Participe!

Acesse:

http://indexbonorvm.blogspot.com

ou mande um e-mail para:

indexbonorvm@gmail.com

Vamos manter nossos corações acesos e inflamados na caridade de Cristo!

Deus os abençoe.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O escandaloso Rito próprio da Igreja do Carmo em Belo Horizonte

http://www.igrejadocarmo.com.br/

(1) Rito Inicial

CEL. : Irmãs e irmãos, um coração alegre e confiante se apropria da riqueza da vida e da salvação. É o que vamos celebrar - em nome do Pai...

TODOS - Amém. Bendizemos a Deus: / em Cristo, ele nos confirma na bênção.

CEL. : Herdeiros da vida enriquecida pela graça, vivemos a comunhão entre céu e terra.

TODOS- Toda bênção nos desperta / para um compromisso com os irmãos.

(2) Liturgia da Palavra

Leitura do Profeta Amós (Am 7,12-15): O sacerdote Amasias disse a Amós: - Vidente, vá embora daqui. Retire-se para a terra de Judá. Vá ganhar a sua vida fazendo lá suas profecias. Não me venha mais profetizar em Betel, pois aqui é o santuário do rei e templo do reino. Amós respondeu a Amasias: - Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta. Sou vaqueiro e cultivador de sicômoros. Foi Javé quem me tirou de trás do rebanho, e me ordenou: - Vá profetizar ao meu povo Israel. PALAVRA DO SENHOR!

O Senhor, Deus da Vida, esteja convosco...

Anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo segundo as comunidades de Marcos (Mc 6, 7-13): Naquele tempo, enquanto Jesus percorria os povoados e ensinava, ele chamou os Doze e os enviou, de dois em dois, dando-lhes responsabilidade perante as forças do mal. Recomendou-lhes que levassem pelo caminho um cajado e nada mais, nem pão, nem moedas, nem sacola na cintura; sandálias, sim, porém, não duas túnicas. E acrescentou: Permanecei na casa onde vos hospedais até a hora de partir. E se em algum lugar não vos quiserem receber nem escutar, ao sairdes dali, sacudi a poeira de vossos pés em sinal de protesto. Os apóstolos partiram para anunciar a Boa Nova e exortavam as pessoas para que renovassem seu modo de viver; libertavam das forças do mal, ungiam com óleo muitos enfermos e os curavam. PALAVRA DE SALVAÇÃO!

MOMENTO DE RECONCILIAÇÃO

CEL. : Quem vive na retidão beneficia seus irmãos e se faz hino de louvor a Deus. LEITOR: Corrupção nos desvia e afasta da Salvação.

TODOS - Pai, separei religião da vida. / Piedade, quero me corrigir.

CEL. : Quem crê em Deus, faz o mal recuar, melhorando o conviver.

LEITOR: Na passividade e na omissão recusamos responsabilidade.

TODOS - Cristo, cruzei os braços. / Piedade, buscarei ética nas relações.

CEL. : Promover boa qualidade de vida é dar testemunho da Boa Nova.

LEITOR: Bater no peito e dizer: ‘Senhor, Senhor’ não nos faz seguidores de Jesus.

TODOS- Espírito Santo, fugi de compromissos. / Piedade, serei mais consciente.

CEL. : Irmãos, em Deus só há compaixão; acolhei-a com alegria e renovai sentimentos e atitudes.

TODOS- Perdoados cresceremos na prática do bem. Assim seja.

G L Ó R I A

CEL. : Oremos: Senhor Deus, vós nos familiarizais com vossa bondade para que rejeitemos o que é indigno e valorizemos o que é honrado. Inspirados por Maria, libertemo-nos de alguma maldade.

TODOS - Sejamos dignos da riqueza da Boa Nova./ Por Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém

(3) Creio

Cremos em Deus - seu amor nos sustenta no ser. Envolve a Humanidade em sua compaixão.

Cremos em Jesus - ele nos deixou a Boa Nova. Revela nossa dignidade de filhos.

Cremos no Espírito Santo - estimula no renascer. Abre novos horizontes e amplia relações.

Cremos na Vida - oferta da bênção máxima. Missão de crescermos no bem.

Cremos na História - cidadania conquistada sem retorno. Em busca de igualdade e paz.

Cremos na Igreja - sinal e berço de comunhão. Solidariedade no combate à dor.

Cremos na Ressurreição - vida em plenitude. Mistério divino, novidade sem fim.

Cremos na Vida Eterna - ser em Deus para sempre.

Salvação para todos, em clima de festa.

Preces

(4) Ofertório

CEL. : Orai, irmãos...

TODOS - Agrade a Deus nossa oferta: / nossa luta pela justiça / e nosso testemunho do amor apaixonado de nosso Deus.

CEL. : Possamos crescer em dignidade / e produzir frutos que renovem a convivência. Por Cristo na unidade do Espírito. Amém

(5) Louvor

CEL. : O deus amor esteja convosco... Corações disponíveis... Demos graças... Irmãos, somos convidados a tomar consciência das ricas bênçãos que nos são oferecidas. De Deus somos filhos e herdeiros. É mais que oportuno e louvável nossa alegre ação de graças. Louvor e glória a Deus!

TODOS - Experimentamos o amor / e fazemos parte da grande Família. / Bendigamos ao Pai!

CEL. : A Igreja espalhada pelo mundo divulga a oferta da Salvação e organiza serviços que visam ao bem das pessoas. Louvor e glória a Deus!

TODOS - Crescemos na fé / e praticamos boa cidadania. / Bendigamos a Jesus, nosso Irmão.

CEL. : Crianças e idosos são assistidos; jovens, orientados; casais se confraternizam. Em tudo se busca harmonia nas relações. Louvor e glória a Deus!

TODOS - Combatemos injustiças, / renovando a esperança. / Bendigamos ao Espírito Santo!

CEL. : Não trabalhamos em vão! Estamos a serviço do Reino e, com a Senhora do Carmo e tantos que nos precederam no céu e na terra, queremos aclamar: Santo...

(6) ORAÇÃO EUCARÍSTICA

CEL. : Na verdade, ó Pai, vós sois Santo, fonte de toda autenticidade no ser e agir, no crer e conviver. Por vosso Espírito manifestem-se nossos dons; com eles e por todos, aqui presentes, sejamos consagrados Corpo de Cristo, vosso Filho muito amado.

TODOS - Sejamos cidadão e cidadã do Reino.

CEL. : Quando, em sua última ceia, Jesus se dispôs à coragem de uma total doação, ele tomou o pão em suas mãos, rendeu graças..., o partiu e distribuiu entre os discípulos, dizendo: Tomai e comei, todos. ESTE PÃO É MEU CORPO (– vós todos também -) POIS SEREI ENTREGUE E DOADO POR VÓS.

TODOS - Confirmados no amor.

CEL. : No fim da ceia, Jesus tomou o cálice em suas mãos, rendeu graças..., e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Tomai e bebei, todos. ESTE É O CÁLICE DA NOVA ALIANÇA PARA SEMPRE, EM MEU SANGUE, DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS, PARA A RECONCILIAÇÃO NO AMOR. Fazei isso em memória de mim”.

TODOS - Abençoados por Deus.

CEL. : Quando comemos deste pão e bebemos deste cálice, proclamamos o testemunho do Senhor. Eis o Mistério da fé.

TODOS - Oferecemos a doação de Jesus, / em sua morte e ressurreição.

CEL. : Nós vos agradecemos, Senhor, pois nos consagrastes como membros de vosso povo e nos sentimos abrigados em vossa presença nesta Celebração. Somos parcela do Corpo de Cristo, vossa Família; cresçamos em santidade.

TODOS - No Espírito nos confraternizamos.

CEL. : No mundo todo, a Igreja cresça em gestos de doação. Papa, bispos e todo o clero partilhem o poder para que, em comunhão e participação, vivamos de modo adulto nossa fé na Boa Nova.

TODOS - Comunidades pratiquem a hospitalidade.

CEL. : Governantes e políticos aprendam a discernir o interesse público de seus interesses particulares, eliminem a injustiça e promovam a paz. Um dia, ninguém mais pereça de fome e abandono.

TODOS - Nossos irmãos que partiram para a vida plena / estejam acolhidos na vossa presença.

CEL. : (INTENÇÕES) Com coragem e alegria prossigamos nas trilhas de Apóstolos e Santos rumo à plenitude da vida.

TODOS - POR CRISTO, COM CRISTO E EM CRISTO, / A VÓS, PAI BONDOSO, / NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO, / TODA A HONRA E TODA A GLÓRIA, / AGORA E PARA SEMPRE, AMÉM.

PAI NOSSO... / Senhor Jesus Cristo, que disseste aos vossos apóstolos... CEL. : Todos incluídos, nos reconhecemos convidados à Mesa do Senhor. TODOS – Jesus, basta uma palavra, / um olhar amigo e nos sentimos comensais. CEL. : Eis o sinal de quem se faz doação - Cordeiro de Deus - nele, a vida vence a morte, compaixão abraça excluídos. TODOS – Com Jesus, na solidariedade da partilha. CEL.: Felizes de nós, convidados à Ceia do Amor! TODOS – Seja a Comunhão nossa paz em Deus. Amém.

(7) Comunhão - Oração Final

CEL. : Senhor Deus, o Mistério que celebramos dará novo brilho à nossa vida. Seremos testemunhas da Boa Nova e haverá mais esperança.

TODOS - Que em nós se manifeste / a alegria da Salvação.

CEL. : O Senhor esteja convosco... Oremos! Irmãos, nesta semana em que festejamos a Senhora do Carmo, seja esta a nossa bênção para todos: alegria, retidão e serviço em convivência harmoniosa e fecunda. É o que pedimos - em nome do Pai...

TODOS - Amém. Por Deus abençoados / viveremos em paz. / Mãos à obra!

PROFECIA AO NOSSO ALCANCE

Os profetas da Bíblia não tinham um canal de comunicação direta com Deus, não eram pessoas privilegiadas. Deus não ditava-lhes as profecias. Não precisamos ficar lamentando: “Ah, se eu fosse Jeremias, se eu fosse Elias, ou Ezequiel, ou Amós, ou Oséias!”. Os profetas da Bíblia eram pessoas do povo. Conseguiam desenvolver toda a beleza, a grandeza e a dignidade humana existente neles. Isto é possível a qualquer pessoa que se coloque em sintonia com a realidade do povo, na perspectiva da fé libertadora. Paulo Freire, com sabedoria refinada, dizia: “Os profetas não são homens ou mulheres desarrumados, desengonçados, barbudos, cabeludos, sujos, metidos em roupas andrajosas e pegando cajados. Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas da sua cultura e da sua história, da cultura e da história do seu povo, dos dominados do seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam.”

Os profetas e as profetisas são pessoas com corações sonhadores, pés cravados no chão, mãos sujas na labuta e cabeça erguida. Dizem para nós: “Ai daqueles e daquelas que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento no hoje, no aqui e no agora, se atrelam a um passado de exploração e de rotina.” Acordemos a profecia em nós!

Frei Gilvander Moreira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

As Sete Igrejas e as sete idades

 

Cardeal Billot

O Apocalipse relata o estado das sete igrejas da Ásia, para as quais São João teve de escrever, com o fim de lhes comunicar advertências para sua salvação. Ora, as sete igrejas figuram as sete épocas ou sete idades da Igreja universal, desde a Ascensão do Senhor até o Segundo Advento. Todas se denominam por nomes místicos que designam profeticamente o traço característico de cada uma das épocas.

A primeira igreja é a de EFÉSIO (2, 1-7). Em grego, Efésio significa impulso, o princípio da expansão ou do direcionamento a uma finalidade. Esse nome convém à idade apostólica, pois que os apóstolos pregaram por todo o mundo, com crescente êxito, após receberem o sopro impetuoso do Espírito Santo; Deus os ajudava, confirmando suas palavras com sinais. Mas a advertência epistolar convém igualmente, nesta época de que falamos, aos falsos apóstolos mencionados amiúde por São Paulo, e à seita dos nicolaítas, fonte primeva do gnosticismo impuro, criada por um dos sete primeiros diáconos. Escrito ao anjo a Igreja de Éfeso: Conheço tuas obras e teu trabalho... tu provaste os que se declaravam apóstolos e não o eram, apanhaste-os em mentira... Contudo, tens em testemunho de teu fervor o ódio pela obras dos Nicolaítas, obras que eu também odeio etc.

A segunda igreja é a de ESMIRNA (2, 8-11). Este termo designa a mirra, e também a idade durante a qual, em razão da crueldade das perseguições e da grande amargura das tribulações, se cumpriu na Igreja o que predissera a boca profética: a mirra caiu gota a gota de minhas mãos, e meus dedos estão cheios da mais excelente mirra (Ct 5, 5). Por isso, afirma o anjo à igreja de Esmirna: Eis que o diabo vai lançar alguns dentre vós no cárcere, para vos pôr à prova, e vossa aflição durará dez dias, significando claramente as dez perseguições gerais.

A terceira igreja é a de PÉRGAMO (2, 12-17). Célebre por sua literatura profana, Pérgamo é a cidade que deu origem ao pergaminho, batizando-o com seu nome. Quando alguém se refere à “pele de Pérgamo”, mais conhecida sob o nome de pergaminho, logo vem ao espírito os livros publicados e os embates e controvérsias travados com a pluma. Corresponde a igreja de Pérgamo à terceira idade, à época de Constantino, em que cessaram as perseguições cruéis aos santos e doutores, e se propagaram também as grandes heresias que satã perpetrara – os arianos, os maniqueus, os pelagianos, os nestorianos etc.. Deus suscitou grandes homens para defender a verdade, homens dignos de eterna memória: Atanásio, Basílio, Gregório Nazianseno, Ambrósio, Jerônimo, Agostinho, os dois Cirilos, e muitos outros ainda, que ilustraram magnificamente a fé católica em seus escritos. Logo, é de justiça que Pérgamo represente a terceira idade. É de justiça que se enviasse a advertência ao anjo desta igreja que, apesar de louvada pela constância da fé, está de contínuo exposta a grandes perigos, visto que habita na sé do trono de satã, havendo de se defender do sítio das doutrinas heréticas: Escrito ao anjo da igreja de Pérgamo: eu sei que habitais na sé do trono de satã, e que preservastes meu nome e não renegastes a fé etc..

Em quarto lugar, sucede à igreja de Pérgamo a de Tiatira (2, 18-29). Esta palavra significa esplendor do triunfo e solenidade pomposa, tendo origem nas festas celebradas em honra de Baco, e depois empregada para designar toda e qualquer festa ou desfile triunfal. Logo, a igreja de Tiatira representa a quarta idade, iniciada sob Carlos Magno, com a instituição do Sacro Império Romano, cuja duração exprimira o número milenar (de 800 a 1800). A instituição do Sacro Império Romano sela a subordinação da sociedade temporal à espiritual, a coroação da organização social de Nosso Senhor Jesus Cristo, predita por Isaías: De pé, Jerusalém, que brilha tua glória! Eis que vem tua luz, e a glória do Senhor se eleva sobre ti... As nações marcharão em direção à luz, e os reis à claridade de tua aurora... Sucederás a nata das nações, sucederás ao púbere dos reis, e saberás que eu, o Senhor, sou teu salvador, e que teu redentor é o Forte de Israel (Is 60, 1,3 e 16). A profecia corresponde às festas solenes, ao fulgor do triunfo e, geralmente, a tudo que diz respeito a esta época: Ao anjo da igreja de Tiatira escreveu: Conheço tuas obras, teu amor, tua fé, tua boa vontade; são tuas últimas obras mais abundantes que as primeiras. Entretanto, não faltaram maus, pois que o mistério de iniqüidade está sempre com as mãos à obra e, enquanto durar a vida presente, o triunfo da Igreja Militante não será maior do que convém. Na figura de Jezabel se anunciam os cismas funestos e as heresias que assolaram, nesta época, a Cidade de Deus, por exemplo, o cisma dos gregos no séc. XI, a heresia dos albigenses no séc. XII, e sobretudo a impiedade dos protestantes no séc. XVI, data a partir da qual o império cristão entra em decadência, se preparando a pouco e pouco, sem que ninguém percebesse, a idade da Revolução.

Por isso, teve fim Tiatira, sucedendo-lhe a quinta igreja, a de SARDES (3, 1-6). Sem dúvida, Sardes é a célebre cidade da Lídia, onde reina Crésus. Ela sugere assim a abundância de ouro e prata, de riquezas seculares a excitar as paixões, a ostentação e a prosperidade material.  Daí, o que se refere a essa igreja sabe à decadência. Por todos os lados, vê-se a defecção, a apostasia; são poucos os que conservam a fé em Jesus Cristo, enquanto muitos se afastam da religião. Em Sardes, existem pessoas que não mancharam seus vestidos. E ainda: passas por vivo, mas estás morto!  Passas por vivo, já que possuis a ciência, a liberdade, a civilização e o progresso; mas estás morto e te assentas nas trevas, à sombra da morte, pois que rejeitas a luz da vida, o Cristo Senhor. Por tal razão, disseram ao anjo desta igreja: Sede vigilante, e confirmai os que iam morrer, ordenando-lhe instantemente de continuar fiel aos ensinamentos dos santos apóstolos, e de não se afastar muito, sob o pretexto duma melhor compreensão, do sentir comum dos santos padres. Recorda-te de como escutaste e recebeste: guarda-o e comunica-o. Eis o que respeita à quinta idade. Mas o que se segue é mais animador.

Após a igreja de Sardes, surgiria a sexta igreja, a de FILADÉLFIA (3, 7-13). Tudo que se diz dela é bom, sobretudo por causa da chegada do momento capital, o mais insigne e singular dos todos os momentos desde o começo da história até os dias de hoje: a conversão em massa dos judeus, e sua entrada na Igreja dos gentios, de sorte que povos até então separados por um muro claustral tornam-se um só povo, servo do Cristo – assim, Jacó se reconcilia do Esaú, e Isaque com Ismael, conforme predissera o Apóstolo (Rm 25-32).  Daí denominarem esta igreja de Filadélfia, que quer dizer amor aos irmãos ou reconciliação dos irmãos. Se sua queda (refere-se aos judeus) foi a riqueza do mundo, que não será seu resgate em massa... Se sua recusa foi a reconciliação do mundo, que será sua reintegração, senão a ressurreição dos mortos? (Rm 11, 12; 15). Quando vier este tempo, deve-se esperar uma admirável expansão da vida cristã em todo o mundo, a insigne vitória do Cristo e da Igreja sobre a Revolução subjugada. Subjugada, disse eu, não destruída; sob a batuta de satã, a Revolução neste entrementes recupera suas forças e inflama-se de intenso furor, aprestando-se para a batalha, para a guerra definitiva contra seu adversário, o Cristo. Daí o aviso ao anjo da igreja de Filadélfia sobre a proximidade da hora da provação, que vai se abater sobre todo o mundo, para provar os habitantes da terra.

Assim, resta a sétima e última igreja, a de LAODICÉIA (3, 14-22). Laodicéia significa julgamento dos povos, indicando com clareza a época da consumação do séculos, quando o Cristo virá por sobre as nuvens do céu para julgar os vivos e os mortos.

As considerações acerca das sete igrejas do Apocalipse, ou as sete idades da Igreja do Cristo, amigo leitor, talvez não te pareçam improváveis! Concluímos que a idade em que vivemos é a quinta – a idade da defecção, da apostasia e do liberalismo, idade medianeira entre Tiatira e Filadélfia, entre o fim do Sacro Império Romano e a renovação, que o Apóstolo não hesita em comparar à ressurreição dos mortos (Rm 11, 15). Tomara nossa interpretação não se afaste da verdade! Em meio ao males presentes – tão numerosos e graves - de que padecemos, ela faz-nos nascer a esperança da restauração futura (se se pode falar assim) e da contra-revolução.[1]

[...]

Busquemos pois o Reino de Deus e sua justiça, não desprezando o mais a que devemos prestar atenção, nem esquecendo que é possível aplicar à influência salutar a Igreja o que já se escreveu sobre a piedade: ela é a todos útil, tendo em si a promessa de vida, presente e futura.

Fonte: Prophéties de l’Histoire, Éditions L’Homme Nouveau

Tradução: Permanência


[1] Neste passo, preferimos o vaticínio de Jackson de Figueiredo. O católico não deve participar das hostes contra-revolucionárias, mas antes ser contra a revolução, em todas as suas manifestações, i. é, o católico não deve coadunar, de modo algum, com o mecanismo revolucionário, seja ele de direita ou de esquerda. Pouco importa de que cores se reveste a causa: a revolução é obra dos infernos. Só na Igreja o homem encontra a verdade pela qual lutar; fora dela, sem sua doutrina a informar nossas idéias, acaba por subjugar-se fatalmente a uma das duas cabeças da hidra: o liberalismo ou o comunismo [N. da P.]

CEREMONIAS DE SEMANA SANTA EN EL SEMINARIO DE LA REJA

http://www.fsspx-sudamerica.org/principal.html

BENDICIÓN DEL FUEGO NUEVO

BENDICIÓN DEL CIRIO PASCUAL

BENDICIÓN DEL AGUA BAUTISMAL

RENOVACIÓN DE LAS PROMESAS BAUTISMALES

MISA SOLEMNE DE LA VIGILIA PASCUAL

sábado, 11 de julho de 2009

Peregrinação da Fraternidade São Pio X – de Santana do Parnaíba a Pirapora do Bom Jesus.

O leitor do blog Frates in Unum, Osmar Maria, avisa da peregrinação organizada pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X, neste domingo, 12 de julho, saindo de Santana do Parnaíba e culminando com a Santa Missa na Igreja de Pirapora. Haverá ônibus partindo de São Paulo.

Só fiquei sabendo hoje, dia 11 de julho, mas enfim, segue a notícia a quem e como interessar possa.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cruzada do Rosário - Rosary Crusade com legendas em português

Vida do Cardeal Pie (Áudio em Espanhol)

TESTIMONIO Y DOCTRINA DEL CARDENAL PIE.
Por el R.P. Alfredo Sáenz S.J.
Conferencia pronunciada en el XI encuentro de formación católica organizada por el Círculo de formación San Bernardo de Claraval en el año 2008.

R.P. Osvaldo Lira

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domingo, 5 de julho de 2009

O catolicismo social no século XIX

Gustavo Corção

Parece-me necessário completar nossa constelação de sinais com outro aspecto da luta da Igreja, que também tem sido objeto da mais divulgada das calúnias. Refiro-me à "questão social" e ao papel que o povo de Deus (agora os membros da Igreja) tiveram na tentativa de defender, contra a avidez de toda uma nova civilização, a causa dos pobres, e principalmente na tentativa de subtrair esse pretexto aos socialistas que, movidos por paixão de poder ou por avidez do vazio, quiseram fazer das chagas dos pobres degraus de sua dominação do mundo. Sem esquecer as condenações vindas do Magistério Extraordinário, é com apoio nas obras dos leigos que a Igreja combate o socialismo com seu magistério ordinário. Referime atrás aos movimentos em favor dos pobres no século passado, e agora creio estar ouvindo um clamor de vozes indignadas de nosso bravo século:

— Assistencialismo! Paternalismo! Obras de misericórdia! Caridade!

Respondeo dicendum:

—• Exatameate, minhas senhoras e meus senhores: assístencialismo, paternalismo, obras de misericórdia e de caridade, mesmo porque acho matematicamente impossível, fisicamente impossível, metafisicamente impossível e moralmente impossível melhorar um pouco as asperezas do mundo sem muito assistencialismo, muito paternalismo, muitas obras de misericórdia e muitíssimas obras de santa caridade. Os socialistas apregoam que só será possível construir um mundo melhor com mudanças radicais de "estruturas" sociais, a começar, todavia, por um arrasamento total. Nós outros, católicos, acreditamos modestamente no "mundo melhor"; mas só acreditamos nesse digno e preceptivo ideal a partir de um aperfeiçoamento interior do homem, isto é, a partir do melhor aproveitamento dos dons de Deus transformados em virtudes morais e teologais, para uma vida humana mais dignamente vivida com vistas à vida eterna, pela qual e por nós Nosso Senhor Jesus Cristo padeceu.

Não ignoramos que o problema do aperfeiçoamento humano, tanto na ordem de pedagogia como na das reformas sociais, deve sempre contar com a primordial autonomia do educando ou dos pobres. Sabemos que a "atividade imanente do educando" é o principal fator no dinamismo da ascensão humana. Sabemos que o melhor modo de ajudar o pobre é o de nele ativar essa atividade, ou de nele despertar o gosto de se ajudar a si mesmo, sem o qual será dificílimo ajudá-lo. Há um abismo entre essas noções e a filosofia que só vê possibilidade de ascensão humana pelo processo de "conscientização" em que a autonomia é despertada para o ódio e para a luta de classes.


Karl Marx, o messias do Século do Nada, conclamou a união de todos os proletários para a luta de classes no seu manifesto de 1848 que terminava com este grito: "Operários do mundo inteiro, uni-vos!"
Seria mais didático ter dito: "Operários do mundo inteiro, desunivos da humanidade comum". E é ainda Augustin Cochin, no termo da Introdução da obra atrás citada, quem nos dirá uma palavra lúcida sobre a união na revolução:

As três formas de opressão que correspondem aos três estados das "sociétés de pensée" — a socialização do pensamento, a socialização da vida pública e a socialização da vida privada — não são um efeito do temperamento do indivíduo nem um acaso, mas a condição da própria existência das sociedades que armam o princípio da liberdade absoluta na ordem intelectual, moral e sensível.

Toda sociedade de pensamento é opressão intelectual pelo simples fato de denunciar todo dogma como opressão. Porque ela não pode, sem_ cessar de ser, renunciar a toda unidade de opinião. Ora, uma disciplina intelectual sem objeto que lhe responde, sem ideia, é a própria definição de opressão intelectual. Toda sociedade de iguais é privilégio pelo simples fato de renunciar em princípio a qualquer direção pessoal, porque ela não pode existir sem unidade de direção. Ora, uma direção sem responsabilidade, o poder sem autoridade, isto é, a obediência sem o respeito, eis a própria definição da opressão moral.

Toda sociedade de irmãos é luta e ódio pelo fato de denunciar, como egoísta, qualquer independência pessoal: porque ela não pode deixar de ligar seus membros uns aos outros, e não pode deixar de manter uma coesão social. Ora, a união sem o amor é a própria definição de ódio.


E aí está como o liberalismo se transmuda em socialismo, e a mística da liberdade produz, como produziu, a opressão.

O "catolicismo social" só se manterá católico enquanto mantiver, paralelo ao seu atendimento dos pobres, uma vigilante luta contra os que exploram os pobres em nome da justiça, e portanto contra os pregadores da união no ódio.

O Século do Nada, Cap. III A revolução se avoluma; O Catolicismo social no Século XIX, pag 145-146, Gustavo Corção.

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