domingo, 19 de outubro de 2008

A desobediência ao Magistério Infalível: Marca da nova teologia"

Nota: A presente publicação tem por finalidade divulgar o livro "A nova teologia. Os que pensam que venceram". Como também divulgar a biblioteca digital do grupo permanência que disponibiliza este e outros excelentes livros.

Maurice Blondel

NESTA SÉRIE DE ARTIGOS mostramos que, apesar de condenado e combatido por São Pio X (Pascendi) e por seus sucessores até Pio XII (Humani Generis), o modernismo continuou a se infiltrar na Igreja, como uma seita. A longa desobediência, que ficara mais ou menos clandestina até então, explode por ocasião do Concílio pastoral Vaticano II, e hoje a “nova teologia” ou neomodernismo triunfa com força, não a força da verdade, mas unicamente pelo favor das autoridades (dos diferentes níveis, até o mais alto), com grande perigo para as almas que ela engana (o que nos impede de calar).

Vimos que na base do modernismo há a falsa “filosofia cristã” de Blondel, que, na ilusão de conciliar a Igreja com o “mundo moderno”, isto é, com a filosofia moderna doente de cepticismo e de subjetivismo, perverte, à maneira modernista, “a eterna noção de verdade”1, bem como a do “sobrenatural”. Assim, a verdadeira “restauração” na Igreja será marcada pelo retorno à filosofia perene.

Em seguida, mostramos os erros do jesuíta De Lubac, “pai” de uma “nova teologia” que “evolui com a evolução das coisas, semper itura, numquam perventura”, sempre a caminho, sem jamais atingir seu fim2.

Pensamos haver lançado também um pouco de luz sobre a pseudoteologia hermética de von Balthasar, que transfere ao domínio ecumênico o “delírio filosófico” de Hegel. Em seguida, consideramos o pensamento e o comportamento de três personalidades investidas de autoridade na Igreja (conquanto em graus diferentes), as quais têm, pois, a principal responsabilidade no triunfo atual dos modernistas: Paulo VI (que propriamente se deve definir como um filomodernista), João Paulo II (que é, por sua vez, pessoalmente admirador da “nova teologia”) e o cardeal Ratzinger.

Esforçamo-nos para pôr às claras, mais do que os erros, o desprezo ao Magistério infalível da Igreja, o qual é como a marca da “nova teologia e permite julgá-la pelo que ela é e pelo que ela quer — juízo possível até para quem não é filósofo e teólogo. É isto, realmente, o que queria o “novo curso eclesial”: apagar vinte séculos de Cristianismo, sob pretexto de um “retorno às fontes”, ao “Cristianismo autêntico”, em nome de um Concílio pastoral (que hoje, ao contrário, se pretende dogmático) e em nome de um “magistério vivo”, de “hoje”, que pretende hereticamente estar morto o Magistério de “ontem”. Pretensão herética porque leva necessariamente a dizer que “todos os fiéis de todas as idades, todos os santos, todos aqueles que guardaram a castidade, a continência ou a virgindade, todos os clérigos, os levitas, os padres, milhares de confessores, tantas legiões de mártires, tantas cidades conhecidas e nações populosas, tantas ilhas, províncias, reis, raças, reinos, nações, numa palavra, o universo quase inteiro incorporado pela fé católica em Cristo, seu chefe, tenha ignorado, errado, blasfemado, e durante tantos séculos não soube nada do que se deveria crer”3.

O Mito da “Restauração”
Por fim, demonstramos que a pretensa “restauração” é somente um mito nascido do modesto, moderado e em si insignificante conflito entre a ala moderada (que está no poder) e a ala extremista ou “integrista” do neomodernismo.

As ilusões eventuais engendradas por esse conflito deveriam ter sido cassadas completamente por nosso estudo: não se pode esperar nenhuma “restauração” daqueles que caminham sempre na “via do cepticismo, da fantasia e do erro”.

É verdade que De Lubac, von Balthasar, o papa Montini, o cardeal Ratzinger e o próprio João Paulo II deploraram várias vezes alguns excessos pós-conciliares.

De Lubac escreveu que “O Concílio foi traído... pela ação do que poderia chamar um paraconcílio”4 e parece fazer suas as “preocupações” de M. Villepelet:

“Inconsciência aparente de nossos bispos, desvio político de sua querida ‘ação católica’, desordens litúrgicas incontroladas, decadência interna dos seminários, tratamento privilegiado a ex-padres, desprezo da Tradição, deixar de lado a doutrina (eucaristia) e a moral (casamento etc.), pesada responsabilidade de certas revistas [...].”5

E outros neomodernistas ou filomodernistas fiéis à “linha da nova teologia de Lyon” fielmente fazem eco a seu “mestre”.

Von Balthasar deplorou a “tendência à liquidação” do ecumenismo pós-conciliar6. Paulo VI, diante dos alunos do seminário lombardo, chorou pela “autodemolição” da Igreja: “a Igreja se acha numa hora de inquietação, de autocrítica, diria mesmo de autodemolição. A Igreja vem quase a se chocar consigo mesma”7. Na intimidade com Guitton, ele lamenta-se de os “padres tomarem o mau hábito de só ler o Cânon II, que é o mais curto, e mais
ligeiro”. E, no seu último encontro, chegou até a dizer:

“No interior do catolicismo, um pensamento do tipo nãocatólico parece às vezes levar vantagem, e pode ser que este pensamento não-católico, no interior do catolicismo, se torne amanhã o mais forte. Mas ele não representará jamais o pensamento da Igreja. É preciso que subsista um pequeno rebanho, ainda que muito pequeno.”8

Também o cardeal Ratzinger, em seu Rapporto sulla fede, deplorou as “fugas em avanço”9 e falou, como De Lubac, de “Concílio traído”, de uma “decadência no interior da Igreja, de forças latentes agressivas e centrífugas”10.
Enfim, João Paulo II, por ocasião de uma conferência para as Missioni al Popolo (Missões ao povo), diz:

“É preciso admitir com realismo e com profunda e dolorosa sensibilidade que hoje os cristãos, em grande número, se sentem perturbados, desorientados, perplexos e até decepcionados; idéias em desacordo com a Verdade revelada e sempre ensinada são espalhadas: verdadeiras heresias são difundidas no domínio dogmático e moral, criando dúvidas, confusões, rebeliões; a Liturgia é alterada, imersa no ‘relativismo’ intelectual e moral e, pois, no permissivismo; os cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo gnosticismo, pelo iluminismo vagamente moralista, por um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos nem moral objetiva.”11

A Triste Realidade
Esta declaração e outras, tomadas isoladamente, poderiam induzir, e de fato induziram muitas pessoas, a acreditar numa reflexão e até numa “restauração”.

Infelizmente não é assim: sob a pretensa “restauração” prossegue a autodemolição radical da Igreja. Devemos, com efeito, estender a todos os “moderados” o discurso feito pelo cardeal Ratzinger.

Antes de tudo, os “abusos” são deplorados (pelos “moderados”) como tais, não em relação à doutrina católica por defender e restaurar, mas em relação à sua própria forma mais moderada (e por isso mesmo mais perigosa) de modernismo, que esses que deploram os abusos não querem repudiar e continuam a sustentar tenazmente. O contraste, nem sério nem profundo, e que já definimos como simples disfarce, é entre os que acham De Lubac “ultrapassado”12 e os que decidiram permanecer fiéis: “Nossa linha é a do extremo centro. Nem atenção excessiva ao Magistério [sic] nem contestação. Nem direita nem esquerda. Apego à tradição na linha da nova teologia de Lyon [berço da teologia de De Lubac], que sublinhava a não-oposição [ler identificação] entre natureza e sobrenatural e [por conseqüência] entre fé e cultura, e que se tornou a teologia oficial do Vaticano II”, explicou muito bem o Pe. Henrici S.J. em sua entrevista de 30 de dezembro de 1991. Mostramos, nesta série de artigos, o que é tal “linha”. Assim, quando De Lubac escreve que o “Concílio foi traído”, entende traído em relação a seu ponto de vista e às suas ambições pessoais, não em relação à Fé católica; quando o cardeal Ratzinger defende o “Concílio autêntico”, entende o Concílio interpretado à luz da “nova teologia” e não da Tradição católica; quando João Paulo II fala do Concílio interpretado à luz da Tradição, quer dizer: à luz da “tradição na linha da nova teologia” de De Lubac ou ainda da tradição que evolui com a evolução do tempo, e não à luz da Tradição católica imutável. E De Lubac, depois de ter fingido serem suas as “preocupações” de M. Villepelet13, escreve logo depois:

“Nossa época ‘pós-conciliar’ é certamente, ainda que através de um caos meio rude, visitada pelo espírito de Deus; creio também que os sinais começam a se ver cada vez mais [sic] e faço minha a frase de uma pessoa que me escreveu nesses últimos dias: ‘A esperança já não me aparece como um dever, mas como uma primavera’.”14

As ilusões quanto à “primavera da Igreja”, devida à “nova teologia”, demoraram verdadeiramente a morrer.
Sobretudo porque sua morte exige a confissão dos próprios erros e das próprias responsabilidades pessoais no desastre atual. E, de fato, o “pai” da “nova teologia” declarou até o fim não haver nunca “encontrado o meio nem sentido a necessidade de se explicar mais nada”15 acerca de sua noção errada de “sobrenatural”, que portanto está na base de todos os erros e de todas as heresias da pseudoteologia contemporânea, como demonstrou o cardeal Siri em Gethsémani, e como reconheceu o próprio Osservatore Romano16:

“H. de Lubac é, sem sombra de dúvida, um dos grandes fundadores da teologia católica contemporânea. Nem Karl Rahner [e, por que esquecer? Hans Küng] nem o próprio H. U. von Balthasar existiriam sem ele.”

Por sua vez, se Urs von Balthasar deplora a “tendência à liquidação” do ecumenismo atual, não renega de jeito algum seu “delírio ecumênico”, sua heresia — sejamos claros — de uma “catolicidade que não omite nada”, de uma super-Igreja sem nenhuma “delimitação confessional”, na qual (agora é Pio XII quem fala) “todos seremos unificados, sim, mas na ruína comum”17. E, se o papa Montini chora pela autodemolição da Igreja e, em Paul VI Secret, deplora que os padres optem (e por que não deveriam?) pelo Cânon “mais curto e mais ligeiro”, na mesma obra diz que, com a reforma litúrgica, “não somente mantivemos o passado mas encontramos a fonte que é a tradição mais antiga, a mais primitiva, a mais próxima das origens. Ora, esta tradição havia sido obscurecida no curso dos séculos e particularmente no Concílio de Trento”18.

Inacreditável na boca de um Papa, mas infelizmente verdadeiro. Que seria então a Igreja Católica se, no curso dos séculos e num Concílio dogmático, tivesse obscurecido ou deixado obscurecer a Tradição e somente hoje começasse a redescobri-la? Certamente não seria a Igreja de Cristo, à qual foi prometida a infalibilidade na guarda inalterada do “depósito da Fé”. E, se Paulo VI, em seu último encontro com Guitton, profetizando como Caifás19, prevê a apostasia geral e um pequeno “resto” fiel, o mesmo Paulo VI se mostra claramente em seu julgamento de Mons. Lefebvre e sua condenação, em sua hostilidade ao “pequeno rebanho” que, por amor à Igreja, desaprova sua tenaz obra de demolição.

Quanto a Ratzinger, no Rapporto sulla fede, deplora os “avanços excessivos” e ao mesmo tempo exclui o “voltar atrás”:

“Se por ‘restauração’ se entende uma volta atrás, então nenhuma restauração é possível. A Igreja marcha para o cumprimento da história; ela olha para diante, para o Senhor que vem. Não se volta atrás, não se pode retornar.”20

Então, que queria e quer sempre o cardeal Ratzinger?

Uma “evolução tranqüila” da doutrina, onde tranqüila não significa harmônica e coerente com dois mil anos de Cristianismo: “É ao hoje da Igreja que devemos ficar fiéis, não ao ontem nem ao amanhã; e este hoje da Igreja são os documentos do Vaticano II em sua autenticidade.”21Mesmo onde esses documentos contradizem os ensinamentos perenes da Igreja (como em Nostra Aetate, Dignitatis Humanae etc.).

E, se João Paulo II, no início de seu pontificado, deplorou que fossem propagadas verdadeiras heresias nos domínios dogmático e moral, ele mesmo declarou “irreversível” o novo curso eclesial que, com uma tenacidade e uma firmeza dignas da causa xatamente oposta, continua sempre a sustentar e defender. A confirmação do que dizemos, se necessária, está no comportamento dispensado aos modernistas extremistas por aqueles que foram ou são investidos de autoridade na Igreja: nem Paulo VI, nem Ratzinger, nem João Paulo II usaram de sua autoridade para reprimir os “abusos” que eles deploram, abusos a que eles parecem reconhecer, ao modo modernista, um papel estimulante na “evolução” da doutrina e das instituições eclesiais22.

Suas aversões e suas medidas disciplinares (da marginalização à excomunhão) são reservadas aos que resistem para permanecer fiéis à doutrina da Igreja.

Não Moderados, mas Incoerentes
Se então paramos na parte relativa à crítica da destruição, isto é, de alguns acessos pós-conciliares, podemos aceitar numerosas afirmações de De Lubac, de von Balthasar, de Paulo VI, de Ratzinger e também de João Paulo II. Se porém consideramos o que estes querem construir, isto é, o que querem por sua vez implantar na Santa Igreja de Deus, percebemos que põem e impõem bases idênticas às que promoveram os “abusos” que eles deploram. E então a pretensa “moderação” se revela pelo que ela é: ou uma tática tipicamente modernista para não suscitar reações não desejadas ou retardá-las, ou a incapacidade de ir até o fundo em todas as conclusões acerca de seus próprios erros.

Já São Pio X na Pascendi, fazendo a distinção entre um modernismo “moderado” e um modernismo “integrista”, observava que este último é mais coerente do que o primeiro: partindo os dois da mesma base, os modernistas “integristas” passam imediatamente às conclusões finais, enquanto os “moderados”, ao contrário, não. Para eliminar a ilusão de poder parar no meio do caminho, na sua admirável encíclica o santo Pontífice teve o cuidado de desenvolver até o fim todas as considerações dos erros que estão na base do modernismo, provocando nos modernistas de ontem e de hoje a acusação de haver exagerado a importância do modernismo. Na realidade, a incapacidade de tirar todas as conclusões de suas próprias bases erradas não impede que, uma vez postas essas premissas, as conseqüências se sigam inevitavelmente. Um pequeno erro de princípio comporta grandes e graves conseqüências, imprevisíveis para muitos dos que apóiam esses erros iniciais.

“Que os professores saibam”, escrevia São Pio X, “que afastar-se de Santo Tomás, sobretudo nas questões metafísicas, não acontece sem grave dano moral.”23

“Parvus error in principio est magnus in fine”, diz Santo Tomás. E o Padre Garrigou-Lagrange desenvolve:

“Certamente dirão que nós exageramos, mas um erro, ainda que pequeno, acerca das primeiras noções e dos primeiros princípios tem conseqüências incalculáveis, que não foram previstas por aqueles que assim se enganaram.

As conseqüências das novidades de que acabamos de falar [a ‘nova teologia’] devem pois ultrapassar as previsões dos autores que citamos [De Lubac, Bouillard, Fessard etc.].”24
Sabemos muito bem, por dolorosa experiência, que hoje sucede exatamente assim.

O “Pecado Original” do Modernismo
Nenhuma moderação, portanto, mas somente astúcia ou, na melhor das hipóteses, incoerência intelectual, que, entretanto, não tira dos “moderados” seu “pecado original” (o modernismo). Uma humilde obediência ao Magistério infalível da Igreja tê-los-ia salvo de sua própria incoerência.

Lacordaire, depois de sua dolorosa crise “liberal”, escreveu:

“Depois de dez anos de esforço para conceber o verdadeiro papel da filosofia da Igreja... aonde cheguei? Aos mesmos pensamentos que possuíam, sem inquietação, aqueles que contaram mais com o espírito da Igreja do que com o seu próprio...

Quanto senti, com admiração, a superioridade da Igreja, esse instinto inefável que a empurra, esse discernimento divino que afasta dela qualquer sombra de ilusão!” E referindo-se a Lamennais, por quem nutrira fascinação, confessava com muita humildade:

“Perguntei-me como uma filosofia em que hoje percebo tão claramente o vício pôde por tanto tempo manter em suspenso minha razão; e compreendi que, lutando contra uma inteligência superior à minha e querendo lutar sozinho contra ela, era impossível que não fosse vencido.

Pois a verdade não é um auxiliar suficiente para restabelecer o equilíbrio das forças; de outro modo, o erro jamais triunfaria sobre a verdade. É preciso, pois, que no mundo haja um poder que sustente as inteligências fracas contra as inteligências fortes, e que as livre da opressão mais terrível, que é a do espírito. [...] Aprendi com minha própria experiência que a Igreja é a libertadora do espírito humano; e, como da liberdade da inteligência provêm necessariamente todas as outras, percebi sob sua verdadeira luz as questões que hoje dividem o mundo.”25

Reside justamente aí o “pecado original” dos modernistas, moderados ou não: ter contado com sua própria inteligência antes que com a infalibilidade da Igreja, que, sozinha, os teria preservado do erro e da sua própria fraqueza intelectual. E é isto o que qualquer filho da Igreja deve infatigavelmente opor às “novidades”: a humilde submissão ao Magistério infalível da Igreja, que, sozinha, liberta as inteligências mais fracas ou menos dotadas da opressão do erro. Magistério infalível que não pode ser confundido com a teologia de um “Papa de hoje”, sobretudo se ele está em ruptura com o Magistério de dois mil anos, mas que é o Magistério harmonioso e coerente de todos os Papas de todos os tempos, de todos os bispos de todos os tempos, e de todos os lugares que estejam em comunhão com a Sé apostólica: o que sempre, em todos os lugares e por todos foi acreditado e ensinado na Santa Igreja de Deus.

Haec Est Hora Vestra et Potestas Tenebrarum
É somente com tal retorno do Chefe (visível) e dos membros à Tradição que se terá a verdadeira “restauração”, que será superada a crise atual da Igreja, amadurecida num clima prolongado de “resistência passiva mas real” às diretivas da Roma católica, e que finalmente se reparará o longo “pecado difuso e geral contra a luz que vem de Roma e que brilha nos tesouros doutrinais do passado”26.

A hora luminosa do retorno à Tradição católica virá, é de fé. Se a desolação atual a que está reduzida a Igreja não fosse suficiente para demonstrar que “os que pensam que venceram”, ao contrário, já perderam, bastar-nos-ia escutar a promessa divina: “Portae inferi non praevalebunt”, os poderes infernais podem soltar-se, mas jamais prevalecerão definitivamente contra a Santa Igreja de Deus. “Haec est hora vestra et potestas tenebrarum”, mas, passada esta hora de trevas, da “nova teologia” e de seus seguidores, não ficará mais que uma lembrança triste e infeliz.

A nós, que nesta hora de trevas, qualquer que seja, nos devemos orientar para a porta da salvação eterna, compete resistir “fortes in fide” (São Pedro), rezando, abrindo o coração à graça e também socorrendo, na necessidade espiritual desta hora grave, o próximo que a Providência Divina nos pôs no caminho.

A desobediência ao Magistério Infalível: Marca Registrada da Nova Teologia. Extraído do livro "A nova teologia. Os que pensam que venceram".

1 São Pio X, Pascendi.
2 Pio XII, alocução de 17 de setembro de 1946.
3 São Vicente de Lerins, Commonitorium.
4 Mémoire autour de mes oeuvres.
5 Idem.
6 H. U. von Balthasar, Figura e opera, p. 435.
7 Il Popolo, 9 de dezembro de 1968.
8 Ibid., p. 168.
9 P. 29.
10 P. 28.
11 Osservatore Romano, 7 de fevereiro de 1981.
12 Ver Paul VI Secret, p. 110.
13 Cf. Mémoire autour de mes oeuvres.
14 P. 389.
15 30 Jours de julho de 1985.
16 De 8 de setembro de 1991.
17 Humani Generis.
18 Paul VI Secret, p. 158.
19 Jo XI, 51 ss.
20 P. 40.
21 Ibid., p. 32.
22 Cf. São Pio X, Pascendi, e Sim Sim Não Não, nº 16, de abril de 1994.
23 Pascendi.
24 “La nouvelle théologie, où va-t-elle?”.
25 Lacordaire, Considérations sur le système philosophique de M.de
Lamennais.
26 La Vie spirituelle, 1923, pp. 174-5, citado por Aubry em L’Étude de la
Tradition, p. 102.

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