sábado, 8 de agosto de 2009

Pe. Joaozinho defende doutrina tradicional da Igreja

Justiça seja feita: Pe. Joaozinho defende doutrina tradicional da Igreja no que diz respeito à Eucaristia

Autor: Renato Salles

Pe. Joãozinho, em seu blog, dado a repercussão que havia dado suas palavras em um recente programa realizado junto ao Pe. Fabio de Melo, tratou de esclarecer a questão sobre a Eucaristia, defendendo o que a Igreja sempre ensinou: na consagração há a transformação de toda substancia do pão e do vinho em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, sendo que a matéria do pão e do vinho não continuam presentes. Deus seja louvado por este esclarecimento público que permite aos católicos entenderem melhor a doutrina relacionada à Eucaristia.
Independente das acusações que são feitas ao nosso blog é importante salientar somente que em nome da Fé e da Caridade:

“Havendo perigo próximo para a fé, os prelados devem ser argüidos, até mesmo publicamente, pelos súditos. Assim, São Paulo, que era súdito de São Pedro, argüiu-o publicamente, em razão de um perigo iminente de escândalo em matéria de Fé. E, como diz a glosa de Santo Agostinho, o próprio São Pedro deu o exemplo aos que governam, a fim de que estes, afastando-se alguma vez do bom caminho, não recusassem como indigna uma correção ainda mesmo de seus súditos”. (Suma Teologica,II-II(a), q.33, a.4)

Ainda é preciso esclarecer que (pelo menos é esta a opinião do autor do presente artigo) mudar as palavras na transmissão da mensagem cristã, pronunciando-as em um sentido diferente do que a Igreja sempre ensinou, simplesmente para que o povo mais simples entenda, gera mais confusão do que entendimento.

Repassa-se aqui a explicação dada pelo Pe. Joãozinho que reafirmou a doutrina da Igreja Católica para que não haja mais dúvidas:

“Pe. Fábio e eu temos sido desrespeitosa e apressadamente condenados como “hereges” por um site pseudo-católico (pois não possui Missio Canonica para postar… não possui imprimatur nem nihil obstat). Nos acusam de defender a doutrina luterana da “consubstanciação”, que significa acreditar que o corpo e sangue de Cristo continuam pão e vinho mesmo após a consagração. Na verdade a Igreja Católica, desde o Concílio de Trento, apoiada nos argumentos de Santo Tomás de Aquino, sempre afirmou a doutrina da TRANSUBSTANCIAÇÃO. Pe. Fábio e eu repetimos esta doutrina de mil modos afirmando que na Eucaristia encontramos a SUBSTÂNCIA da pessoa de Cristo. Substância é um conceito que pode confundir os simples. Literalmente significa “sub-stare”, ou seja, o que está sob o sujeito e lhe dá a identidade. Se eu cortar um pedaço do meu dedo, ali estará parte de minha carne, mas não mais minha substância. O pão e vinho consagrados não são um pedaço do dedo de Cristo. São a pessoa dele inteira, substancial. O que nossos amigos opositores, apoiados corretamente em Tomás de Aquino, chamam de “acidente”, é o gosto a aparência do pão que permanece mesmo após a consagração. Outra palavra que o senso comum confunde é “matéria”. Nossos opositores apegaram-se a afirmações em que utilizamos o termo com significado de acidente e não de essência, portanto na acepção do senso comum, para que o povo entenda. Ninguém utilizou a epistemologia do hilemorfismo de Aristóteles. A própria Igreja toma cuidado com este uso pois o povo se confunde. Devemos empenhar todas as nossas força para demonstrar que a Eucaristia é presença real. Aliás, dizer que o irmão é presença real, parece que foi aceito. Quando falamos de “presença eucarística no irmão” o fizemos de modo analógico. A Igreja usa dessas metáforas o tempo todo. Mas quem é apressado em condenar não tem tempo para discernir gêneros literários. Para eles todos são hereges antes que provem o contrário.
Portanto, traduzindo em miúdos estamos afirmando a mesma coisa e somos ortodoxos. Mas não sei com que intenção alguém condena publicamente na Internet dois sacerdotes que têm comunhão de Igreja com seu bispo e seu superior religioso. Pode ser coisa daquele que gosta de dividir…Se for esta a motivação, não vem de Deus.” (Fonte: http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2009/08/08/eucaristia-presenca-real/)

Que Deus abençoe o Pe. Joãozinho!

3 comentários:

Anônimo disse...

Creio que o sr. Renato Salles foi um tanto apressado em desmentir aquilo que ele mesmo escreveu poucos dias atrás.

Num primeiro momento esse sr. identifica afirmações heréticas de Padre Joaozinho.

Num segundo momento, mui apressadamente, ele - a pretexto de fazer justiça - publica declaração de ortodoxia desse mesmo sacerdote.

Diante disso, pergunto:

Sr. Renato Salles, não sabe o senhor que os modernistas sempre agiram dessa maneira? Quando pegos em flagrante delito correm a defender a doutrina ordoxa SEM REPELIR A MENTIRA OUTRORA PROFERIDA? Portanto, onde está o mea culpa de padre Joãozinho? Onde está a retratação feita por ele? Ele se arrependeu das heresias que disse e que foram muito bem apontadas pelo senhor, Renato Salles?

Aguardo uma resposta sua.

Renato Salles disse...

Prezado "Anonimo",

O sr. coloca muito bem a questão do modus operandi dos modernistas: "negam numa página o que afirmam em outra".
Repare que nesta tática deles, há uma certa malícia. Deste modo, dado meus poucos conhecimentos sobre o Pe. Joaozinho (fui vê-lo pela primeira vez no video indicado no 1º artigo), não poderia jugá-lo já como um defensor da tática modernista. Ao meu ver, isso seria fazer juízo temerário. Preferi confiar na honestidade deste padre. Em outras palavras, creio, a principio, que ele tenha errado de boa fé.

Este artigo, também, é uma forma de dar ênfase na doutrina sagrada a respeito da Eucarista, sendo que os fãs do referido padre ao acessarem o nosso blog, poderão receber a doutrina correta sobre a Eucaristia advinda das próprias palavras daquele sacerdote, como também uma forma de estimulá-lo no que diz respeito a ortodoxia, esperando que ele possa também ir a TV e afirmar o que ele disse neste texto.

Ademais, encarei o texto do Pe. Joaozinho, que está em nosso blog no recente artigo, como um mea culpa, já que o mesmo repete a doutrina tradicional. Uso, neste sentido, a mesma medida usada para com Bento XVI. O papa atual, como afirmou D. Tissier em 2006, em seu passado, sustentou muitas heresias e jamais se retratou delas (Fonte: http://radiocristiandad.wordpress.com/2009/07/16/una-entrevista-con-monsenor-bernard-tissier-de-mallerais-en-el-ano-2006/). Nem por isso vejo os tradicionalistas dizendo que este papa tem que pedir perdão por suas heresias passadas.

Agradeço sua valiosa participação!
Que Nossa Mãe Imaculada esteja sempre contigo!

Saudações em Cristo Nosso Senhor!

Frederico de Castro disse...

Em poucas palavras, sou contra comentários anônimos. Por mim não admito mais nenhum comentário anônimo.

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