terça-feira, 16 de junho de 2009

Caminho das Indias I: O Cumprimento Ecumaníaco

Considerando-se a teologia do pluralismo, não há como não notar a falta de um cumprimento que identifique os diversos jesuses proveniente deste cristianismo que produziu mais Cristos do que todas as heresias dos últimos dois milênios. O Cristo que vivia em São Paulo, era o Cristo que é Cristo, o Santo dos Santos, o Messias, Filho de Deus e Verbo que se fez carne. Mas o Cristo de Paulo, que alguns rapazes clamaram para expulsar demônios, não era conhecido nem pelo própio demônio, pois até mesmo ele sabia que Paulo era de Cristo, não Cristo de Paulo. Já o Cristo dos hereges, tal como o que vive em Leonardo Boff, é o Cristo que é Marx, como também o Cristo que é de Boff e não ele é de Cristo. Na mesma linha, vai o Cristo que viveu em Lamennais, é o Cristo que é liberal, que também é o Cristo que é de Lamennais, não ele que é de Cristo.

Poderia ainda citar o Cristo de Ário, Lutero, Calvino, Loisy, Buttman e outros tantos, mas não caberiam neste artigo. Citei este para demonstrar que além da concepção tradicionalista católica, não há uma concepção universal de Cristo, são todos particulares produtos de cada um e da cultura nominalista. Logo em uma cultura que só se conhece concepções particulares de Cristo, busca-se a concepção universal através do ecumenismo (Algo bem democrático; a maioria decide quem é Cristo). 

Tendo em conta que a Paz do Senhor, não é o cumprimento adequado para os ecumênicos. Considerando-se o cumprimento que melhor identifica a unidade do gênero humano, proposta por este cristianismo, podemos encontrá-lo embrionariamente, no caminho das Índias (Imanência religiosa). Em sua forma embrionária, ele é o cumprimento “Namastê” que significa: 

“O deus que esta em mim saúda o deus que esta em você.”

Em sua forma evoluída ao gosto de todos, formulada intelectualmente e adaptada ao movimento ecumênico (e aos diálogos), ele se transforma em Cristotê, que significa:

“O cristo que habita em mim, saúda o cristo que habita em você.”

Como o leitor pode ver, o ecumenismo é tão antigo quanto o politeísmo. O policristianismo começou com o antropocristianismo renascentista e nominalista do revoltado voluntarista Martinho Lutero e encontrou sua máxima definição no modernismo católico que se consumou no Concílio Vaticano II. Fica a sugestão para um cumprimento proporcional ao gnósticos criadores de jesuses, pois tal como o verdadeiro Jesus estremeceu as entidades pagãs, como relata o Cardeal Pie, o Cristo que é Cristo do tradicionalismo católico, faz tremer os falsos Cristos que não passam de anticristos da cultura moderna. Isto é facilmente provado no tratamento que os seguidores dos outros jesuses, dão aos tradicionalistas. O Cristo do tradicionalismo católico e os outros Cristos são como água e óleo, não se misturam.

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